A ORIGEM DO CARNAVAL

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Este é um blog eclético. Agora estamos tratando de carnaval. Mas, é um resgate histórico. Leia e aprenda um pouco sobre as origens da maior festa popular brasileira
Matéria sem autoria definida, reproduzida do site: http://ilove.terra.com.br/lili/palavrasesentimentos/carnaval_mensagem.asp

A origem do carnaval é um assunto controverso. Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dez mil anos antes de Cristo.
Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas.

Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao Deus Dionísio. E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais em honra aos deuses Baco, Saturno e Pã.
Hiram Araújo, em seu livro Carnaval, relata que a origem das festas carnavalescas não tem como ser precisamente estabelecida, mas que deve estar relacionada aos cultos agrários, às festas egípcias e, mais tarde ao culto a Dionísio, ritual que acontecia na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C.

Uma coisa, porém é comum a todos: o carnaval tem sua história, como todas as grandes festas, ligada a fenômenos astronômicos ou da natureza. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.
A palavra carnaval também apresenta diversas versões e não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que o termo carnaval deriva de carne vale (adeus carne!) ou de carne levamen (supressão da carne). Esta interpretação da origem etimológica da palavra remete-nos ao início do período da Quaresma que era, em sua origem, não apenas um período de reflexão espiritual como também uma época de privação de certos alimentos, dentre eles, o a carne.
Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de carrus navalis, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma.
No Brasil, o primeiro carnaval surgiu em 1641, promovido pelo governador Salvador Correia de Sá e Benevides em homenagem ao rei Dom João IV, restaurador do trono de Portugal. Hoje é uma das manifestações mais populares do país e festejado em todo o território nacional.
No princípio o carnaval era chamado de Entrudo por influência dos portugueses que trouxeram, em 1723, brincadeiras e festejos carnavalescos. Muitos atribuem o início do nosso carnaval à celebração feita pelo povo para comemorar a chegada da Família Real. As pessoas saíram comemorando pelas ruas com música, usando máscaras e fantasias.
Podemos apresentar como fatos marcantes dentro da história do carnaval brasileiro os seguintes:
Os carros alegóricos chegam em 1786, por ocasião do casamento de Dom João com Carlota Joaquina.
Por volta de 1846, houve um acontecimento que revolucionou o carnaval carioca : o aparecimento do Zé Pereira (tocador de bumbo). O Zé Pereira deixou como sucessores a cuíca, o tamborim, o reco-reco, o pandeiro e a frigideira, instrumentos que acompanhavam os blocos de 'sujos' e que hoje animam as nossas escolas de samba.
Até o aparecimento das primeiras escolas de samba, os cortejos carnavalescos das chamadas "sociedades" (clubes ou agremiações que, com suas alegorias e sátiras ao governo) predominavam no carnaval carioca. O primeiro clube a desfilar, em 1855, chamava-se Congresso das Sumidades Carnavalescas.
Desde 1870, o cruzamento de influências rítmicas como lundu, polca, maxixe e tango gera um tipo de música com características do samba. Nos fins do Século XIX, as festas de dança de negros escravos eram chamadas samba. Ao ritmo do samba, o país inteiro começa a dançar em clubes e surgem os primeiros cordões de folia. Ainda nesse século temos dentre alguns fatos marcantes de nosso carnaval o Baile de Máscaras do Hotel Itália (Largo do Rocio, RJ) em 1840, realizado por iniciativa dos proprietários do hotel, italianos empolgados com o sucesso dos grandes bailes de máscaras da Europa.
Em 1873, há o desfile do primeiro rancho, o Dois de Ouros, liderado pelo baiano Hilário Jovino Ferreira.
Em 1899, o aparecimento da música feita para o carnaval, o Abre-Alas de Chiquinha Gonzaga marca a popularização do carnaval brasileiro e dá início às composições chamadas marchinhas carnavalescas.
Em 1902, os cordões carnavalescos já chegam a mais de 200. Encontramos também no início do século XX: os mascarados, o lança-perfume, as batalhas de confete e os bailes infantis que dão início às famosas matinês.
O surgimento do samba foi um poderoso fator de democratização do Rio de Janeiro. De início a elite reage à "manifestação africana". O primeiro samba gravado, tido e reconhecido pela maioria dos pesquisadores de música popular é o Pelo Telefone, de Ernesto dos Santos (Donga) e Mauro de Almeida. A primeira gravação do samba inaugural foi feita para a Casa Edison do Rio de Janeiro pelo cantor Bahiano, acompanhado pela Banda da Casa Edison e obteve notoriedade pública no carnaval de 1917.
Em 1928, foi criada a primeira escola de samba, Deixa Falar, e, logo depois, a Mangueira. E, em 1929, começaram os desfiles, que eram realizados na Praça Onze. A primeira disputa entre escolas de samba aconteceu em 1932 e foi organizada pelo jornalista Mário Filho.
Em 1942, os desfiles passam para a Avenida Presidente Vargas. Em 1963, as escolas já se tornam o grande centro das atenções do carnaval brasileiro e, em 1974, o desfile carioca passa a ser na Avenida Rio Branco até 1984, quando foi inaugurado o Sambódromo pelo seu criador governador Leonel Brizola
Hoje o carnaval transformou-se em forte atração turística. Podemos dizer que o carnaval é, hoje, a maior festa folclórica brasileira.
Comentário de Zé Bié, o desligado (nosso novo comentarista para assuntos culturais e políticos): "Ih rapaz esse Zé Pereira é antigão mesmo e deixou o Rio de Janeiro para morar em Quixadá".

REFERÊNCIAS
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular.Editora Vozes Ltda, Petrópolis, 1974.

CABRAL, Sérgio. , As Escolas de Samba. Editora Fontana Ltda, Rio de Janeiro, 1974.
QUEIRÓS, Maria Isaura Pereira. Carnaval Brasileiro - O vivido e o mito. Brasiliense, 1992.
SEVERIANO, Jairo. Yes, nós temos Braguinha. Funarte/Martins Fontes, 1987.
ARAÚJO, Hiram e outros. Memória do Carnaval.
Riotur, 1993.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval - Seis mil anos de história.Ed. Gryphus, 2000.http://liesa.globo.com/por/08-historiadocarnaval/08-historiadocarnaval_principal.
htm
Para saber mais clique nas expressões abaixo:

TRECHO DE UMA ENTREVISTA DE MIGUEL ARRAES

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Recebemos uma dica de leitura do blog http://ruadopadreingles.blogspot.com/2008/01/os-assassinatos-de-jango-jk-e-lacerda.html e estamos reproduzindo esta matéria complementando a postagem anterior feita por nós. Valeu a dica.
Os assassinatos de Jango, JK e Lacerda:




"Era a abertura política"
A propósito das recentes declarações do ex-agente secreto uruguaio Mario Barreiro, preso em Porto Alegre, sobre o assassinato do presidente João Goulart, vale a pena ler trecho da entrevista de Miguel Arraes dada aos jornalistas Ayrton Maciel e Ciro Carlos Rocha, publicada no Jornal do Commercio de 11.03.2001:


Jango, JK e Lacerda“Qual a razão para a eliminação deles?
Era a abertura política. Havia um começo de discussão sobre a abertura. Na medida em que os acontecimentos no Vietnã demonstravam um impasse cada vez maior, portanto a necessidade de negociação daquela guerra, começou-se a sentir a importância de se abrir na América Latina. A abertura seria uma conseqüência do impasse que a Guerra do Vietnã trazia para o mundo. A negociação lá implicava numa mudança de métodos, o que já se apontava em certos movimentos dos americanos. Um dos documentos americanos que revelam isso é o Relatório Rockfeller sobre a América Latina. Esse relatório declara que os militares não se constituíam numa classe social, e sim numa categoria. Como tal, eles eram instáveis ideologicamente. Sendo ideologicamente instáveis, as posições deles não se sustentavam em interesses concretos. Eles não eram merecedores de confiança. Setores importantes dos Estados Unidos achavam que a militarização não era uma solução para os problemas desses países todos, que eram diferentes entre si.

”A razão“
O assassinato político é um negócio que existe. Quando eu cheguei na Argélia, tinha sido assassinado o general português Humberto Delgado, na fronteira. E cito Olof Palmer, primeiro-ministro de um país como a Suécia, chefe do Partido Socialista, que tinha uma posição independente e era crítico da Guerra do Vietnã. Ele foi assassinado na saída do cinema, ninguém sabe porque quem.”O plano“Os americanos queriam a implantação de um certo grau de liberdade dentro desses países, porque não dá para conduzir o mundo apenas debaixo das botas dos soldados. Algum político, alguma coisa interna teria de dar condições de negociação, mesmo que fossem precárias, mas aliviaria o fardo de uma repressão e de uma categoria como os militares, que haviam passado a mandar isoladamente. Eles decidiriam com o povo, e ficaria por isso. O perigo que havia, então, eram as pessoas com ascendência sobre o povo. Aberto o Brasil, apareceriam Juscelino, Jango e Carlos Lacerda. Todos reunidos em torno de Juscelino. Quem seguraria? Todo mundo iria para Juscelino. A esquerda, o centro, a opinião pública. Ele foi um presidente importante. Não dava para soltar Juscelino sem o regime ter problemas, ainda mais ajudado por Jango e Lacerda.

”Medida preventiva“
Uma espécie de condição para a abertura política era eliminá-los. Foi uma medida preventiva contra os fatos. Nós iríamos para a abertura, e para se ter uma abertura sem muito perigo essas pessoas teriam de desaparecer. Porque, se abrem, quem era que segurava? A mesma coisa aconteceu nos outros países. Um homem como Carlos Prats (comandante do Exército do Chile), ministro de Salvador Allende, general com peso em parte do Exército, reconhecido pela opinião pública, não era qualquer um. Era uma prevenção diante de uma abertura que precisava ser controlada. Era o que se passava na cabeça da extrema-direita do Cone Sul. O desaparecimento dessas pessoas foi uma condição para a abertura.”Americanos“Não sei se eles idealizaram. Entre os americanos também existem suas diferenças. Alguns americanos queriam botar pra quebrar, outros não. Não era uma coisa uniforme, a ponto de todos quererem militarizar. Se perguntassem ao povo americano, ele não queria isso. É um povo que reage a certos acontecimentos de uma maneira positiva. O povo americano não pode ser confundido com aquela situação. Eles não têm acesso a essa decisão, e dentro da estrutura americana mesmo existem diferenças e pessoas que não seguiram por aquele caminho.

”O coronel“
Fui procurado por um coronel argelino, assessor do presidente da Argélia. Eu o conhecia, era uma pessoal com quem eu tinha ligação. Ele comandava o departamento que lidava com as questões internacionais, e que não tinha nada a ver com o Ministério do Exterior. Cuidava da parte de estudos estratégicos, pesquisas, a parte da inteligência do Governo. Ele foi lá em casa e me falou que três pessoas iriam me procurar com informações que eram do meu interesse e da segurança de muita gente. Ele me disse: ‘Não saia de casa’. Eles chegaram, alguns dias depois, olharam a casa e pediram para que a conversa fosse do lado de fora.

”O Condor“
Era uma decisão da direita do Cone Sul. Foi o que revelaram essas pessoas na Argélia. Disseram que estavam transmitindo uma informação saída de uma reunião da extrema-direita do Cone Sul. Eles não se identificaram, nem podiam. Tinham uma função muito particular. Falavam em francês. Um me pareceu argelino, por causa da forma de falar. Eles disseram que todas as pessoas que tivessem relações de peso em seus países deveriam se acautelar. Não foram de muita conversa, não. O essencial foi isso. Disseram que a extrema-direita do Cone Sul tinha decidido eliminar políticos e dirigentes com representatividade em seus países. Procurei, então, gente na Europa, gente de confiança. Avisei e pedi que retransmitissem o alerta, e mandei um aviso a Leonel Brizola, que estava no Uruguai. O aviso chegou a ele. Ele pode confirmar isso.

”A operação“
O alerta chegou 20 a 30 dias antes dos assassinatos dos uruguaios Gutierrez e Michelline, o primeiro deputado e o segundo senador, que se encontravam na Argentina. Eram importantes lideranças. Em seguida, começou a onda de assassinatos no Chile, na Bolívia, no Uruguai, na Argentina, no Brasil, e o resto. É só ver a seqüência das datas. Os uruguaios foram estourados na Argentina a bomba. Chilenos foram mortos também na Argentina. O general Torres, na Bolívia. Um bocado de gente morreu. Um ex-ministro de Salvador Allende (o chanceler Orlando Letelier) foi assassinado nos Estados Unidos (o carro explodiu ao abrir a porta, em Washington), e um outro sofreu um atentado na Itália, mas não morreu, ficou paralítico. E aí vêm Juscelino, Jango e Lacerda, em seqüência. Juscelino em um desastre, Jango de repente (oficialmente, enfarto) e Lacerda foi ao hospital. As pessoas dizem que ele saiu bem de lá e depois morreu.”Por que Lacerda?“Lacerda era um líder de direita, mas estava unido a Juscelino e a Jango, na Frente Ampla pela abertura. Ele tinha sido escorraçado pelo Golpe de 1964.

”A seleção“
A Operação Condor, no Brasil, foi um processo muito seletivo, diferente do que ocorreu no Chile e na Argentina. Aqui, além das lideranças populares, a abertura dependia da eliminação das lideranças do Partidão (PCB) que tinham uma posição de enfrentamento ao regime, como foi o caso do Davi Capistrano (ex-combatente da Guerra da Espanha), que desapareceu. O próprio Carlos Marighella (PCdoB, ex-Partidão), morto em 1968, pode ser incluído nessa estratégia. Os do Partidão que não tinham posição de enfrentamento sobreviveram. O desaparecimento seletivo da direção do Partidão também foi uma condição para a abertura política.”

CRONOLOGIA DE CRIMES COVARDES PRATICADOS POR INSPIRAÇÃO E COM O APOIO DA CIA - A AGÊNCIA CENTRAL DE INTELIGÊNCIA NORTE AMERICANA

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Anos de chumbo




Brasília, domingo, 25 de maio de 2003


Comissão da Câmara dos Deputados conclui relatório que admite a possibilidade de ex-presidente ter sido assassinado no exílio pela operação Condor, ação conjunta dos regimes militares sul americanos nos anos 70
Rudolfo Lago Da equipe do correio
O Cruzeiro/Arquivo Estado de Minas
O ex-presidente João Goulart (centro), deposto pelo Golpe Militar de 1964, chega ao Aeroporto de Montevidéu, Uruguai, para seu exílio: ele morreria 12 anos depois, na Argentina

Setembro de 1974
Buenos Aires, Argentina

Neiva Moreira, jornalista e exilado político, recebe a visita de um diplomata. ‘‘Há listas de matar e há listas de deportados’’, diz o diplomata. ‘‘Você encabeça a lista de deportados. João Goulart está na lista de matar’’.

Setembro de 1974 Buenos Aires, Argentina

uma semana depois o general Carlos Prats entra em seu carro na porta de sua casa, junto com sua mulher. Quando vira a chave, o carro explode. Os dois morrem. Ele também estava na lista mostrada a Neiva Moreira.

Meados de 1975 Santiago, Chile

uma casa no bairro de Lo Curro A casa esconde um laboratório químico clandestino. Ali, Eugenio Barrios cumpre uma missão secreta para o Departamento Nacional de Informação (Dina). Sua missão: produzir gás sarin, um composto químico altamente tóxico que, inalado, provoca paralisia neurológica, resultando em morte instantânea, equivalente à atribuída a uma parada cardíaca ou respiratória. Barrios tinha de encontrar uma forma de diluir o gás em água e colocá-lo dentro de um vidro de perfume Chanel nº 5. Esse perfume mortal seria usado para matar o ex-ministro do Interior e da Defesa do Chile no governo Salvador Allende, Orlando Letelier. O plano, porém, não deu certo. Optou-se por matar Letelier, em Washington, em um atentado a bomba.

Novembro de 1975 Santiago, Chile — sede do Departamento Nacional de Informação (Dina)

Os chefes dos serviços de informações das ditaduras sul-americanas fazem a primeira reunião formal da Operação Condor. Mas tudo indica que os governos já cooperavam antes nas suas ações de repressão. Evoluiu-se de um período de troca de informações, para uma etapa de ações conjuntas na busca de ativistas políticos até o plano de eliminação dos líderes políticos de oposição na América Latina.

Dezembro de 1975 Montevidéu, Uruguai — casa do deputado Tito Herber, candidato à presidência do Uruguai

Perto do Natal, Tito Herber recebe uma cesta com vinhos e frutas secas. Um cartão: ‘‘Ao querido companheiro de Congresso, ofereço neste Natal’’. A mulher de Tito abre uma garrafa de vinho e enche uma taça. Morre envenenada minutos depois. O alvo do atentado certamente não era ela. Era Tito Herber.

Maio de 1976 Argel, capital da Argélia apartamento do exilado político Miguel Arraes

O ex-governador de Pernambuco recebe em sua casa três agentes secretos do governo argelino. ‘‘Nós estamos vindo do Cone Sul da América Latina’’, informam os agentes. ‘‘Houve uma reunião da extrema direita para apreciar a questão de uma possível abertura política, a partir de uma pressão vinda do presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter’’, continuam. Era preciso tomar providências para evitar que pessoas importantes que estavam presas e exiladas, em diferentes países, pudessem voltar com a abertura e empolgar a opinião pública no caso de uma eleição. ‘‘Eles decidiram, na reunião, condenar à morte essas pessoas’’, informam os agentes.

Junho de 1976 Buenos Aires, Argentina

Juan Torres é assassinado com um tiro na cabeça. Hector Gutiérrez, ex-presidente da Câmara de Deputados, e Zelmar Michelini, senador, ambos uruguaios, são fuzilados na rua. Ameaçado, Wilson Ferreira Aldunate foge para o Peru e escapa de ser a próxima vítima.

6 de dezembro de 1976 Província de Corrientes, Argentina - fazenda do ex-presidente do Brasil, João Goulart

No meio da madrugada, Teresa Goulart acorda o motorista de João Goulart, Roberto Ulrich, conhecido como Peruano. ‘‘O doutor Jango está passando mal’’, grita ela. Quando Peruano chega ao quarto de Jango, ele está de olhos fechados, debatendo-se, ‘‘como se estivesse faltando ar ou coisa parecida’’. Peruano corre até a cidade, 14 quilômetros distante. Volta com o médico, o pediatra Ricardo Rafael Ferrari. O médico examina o ex-presidente, vira-se para Teresa e informa: ‘‘Ele está morto’’. No atestado de óbito, coloca como causa-mortis apenas uma lacônica palavra: ‘‘Enfermedad’’ (em espanhol, doença).

Os tópicos acima bem poderiam ser capítulos de um romance de ficção política. Não são, porém, ficção. Por mais fantásticos que pareçam, são fatos da história política da América Latina. Mas que virarão um livro, a ser editado nos próximos meses pela Câmara dos Deputados.

O livro é resultado de uma apuração feita em 2001, por uma comissão especial da Câmara, encarregada de investigar as circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart, deposto em 1964 pelo golpe militar. Somente agora o material apurado pela comissão foi organizado. Na última quarta-feira, o presidente da Comissão Especial, Reginaldo Germano (PFL-BA), entregou ao vice-presidente da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PFL-PE), o calhamaço de 600 páginas datilografadas. O trabalho é assinado pelo ministro das Comunicações, Miro Teixeira (PDT-RJ), que foi o relator da comissão. O relatório de Miro abre margem para a possibilidade de João Goulart ter sido assassinado, dentro de um plano de extermínio de líderes políticos sul-americanos arquitetado pela Operação Condor. ‘‘Não há como afirmar, peremptoriamente, que João Goulart foi assassinado. Mas será profundamente irresponsável, diante dos depoimentos e fatos aqui consolidados, concluir pela normalidade das circunstâncias em que João Goulart morreu’’, escreve Miro Teixeira.

Nos anos de 1975 a 1977, vários políticos argentinos, uruguaios, bolivianos e chilenos foram assassinados. Nesse período, morreram com diferenças de poucos meses os três principais políticos brasileiros exilados depois do golpe de 64. Juscelino Kubitschek morreu em 22 de agosto de 1976 em um acidente de carro na Via Dutra. O ex-governador do Rio, Carlos Lacerda, morreu em um hospital em 21 de maio de 1977. E Jango na sua fazenda no interior da Argentina em dezembro.

Miro reconhece uma dificuldade em relacionar as mortes dos três políticos brasileiros aos assassinatos de políticos dos demais. ‘‘Se houve assassinatos, eles foram feitos de maneira a passarem por mortes por doença ou acidente. Isso dificulta sobremaneira a comprovação de ter ou não havido assassinato’’, observa, no relatório. Os relatos, porém, mostram claramente que JK, Lacerda e Jango, ainda que tenham morrido de morte natural, estavam jurados de morte. No caso específico de Jango, algumas circunstâncias estranhas envolvem sua morte. Àquela altura, ele já tinha escapado de uma tentativa de seqüestro. Uma dia antes de sua morte, Jango viajara do Uruguai para a fazenda na Argentina, de carro, acompanhado de sua mulher, Teresa Goulart. Seu filho, João Vicente Goulart, desconfia que o ex-presidente possa ter sido envenenado quando parou para almoçar na cidade argentina de Paso de Los Libres. Uma hipótese que ninguém à época teve o trabalho de procurar constatar. Ninguém procurou vestir Jango com uma roupa mais apropriada. Jango foi enterrado sem sapatos, com a calça desabotoada e a camisa do pijama. Seu caixão foi lacrado. Nem na Argentina nem no Brasil foi permitida uma autópsia no corpo.

Comentário do blog: aquilo que parecia ficção de Carlos Heitor Cony em O beijo da Morte é verdade mesmo?

ISBN : 8573025727 ISBN-13: 9788573025729
Livro em Brochura
1ª Edição - 2003 - 288 pág.
Preço = R$ 38,90
O Torto também é História, Cultura e Literatura.

REMEXENDO NO BAÚ DA HISTÓRIA DOS ANOS DE CHUMBO

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O ENVENENAMENTO DE JANGO
Pedimos vênia aos historiadores para repercutir no blog essa notícia que confirma as afirmações de Leonel Brizola e Miguel Arraes, ambos falecidos sobre a associação das ditaduras sulamericanas com a CIA para aniquilar os lideres da resistência de países latinoamericanos.
Jango morreu envenenado, afirma Mario Neira Barreiro
O delegado Sérgio Fleury teria dado a ordem para o assassinato
Presidente deposto teria dito aos agentes que sabia da espionagem: "Sei que estão me vigiando, mas não sou inimigo de vocês"
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Preso desde 2003 na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (RS), o ex-agente do serviço de inteligência do governo uruguaio Mario Neira Barreiro, 54, disse em entrevista exclusiva à Folha que espionou durante quatro anos o presidente João Goulart (1918-1976), o Jango, e que ele foi morto por envenenamento a pedido do governo brasileiro. Jango morreu em 6 de dezembro de 1976, na Argentina, oficialmente de ataque cardíaco. Ele governou o Brasil de 1961 até ser deposto por um golpe militar em 31 de março de 1964, quando foi para o exílio. À Folha Barreiro deu detalhes da operação da qual participou e que teria causado a morte de Jango. Segundo o ex-agente, Jango não morreu de ataque cardíaco, mas envenenado, após ter sido vigiado 24 horas por dia de 1973 a 1976. Barreiro disse que Sérgio Paranhos Fleury (que morreu em 1979), à época delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo, era a ligação entre a inteligência uruguaia e o governo brasileiro. A ordem para que Jango fosse morto partiu de Fleury, em reunião no Uruguai com dois comandantes que chefiavam a "equipe Centauro" -grupo integrado por Barreiro que monitorava Jango. O Uruguai mantinha uma outra equipe de vigilância, a Antares, para monitorar Leonel Brizola. As escutas, feitas e transcritas por Barreiro, teriam servido de motivo para matar Jango. Mas, segundo o ex-agente (que tinha o codinome de tenente Tamúz), o conteúdo das conversas não era grave: tratavam da vontade de Jango de voltar ao Brasil, de críticas ao regime militar e de assuntos domésticos. Barreiro afirmou que interpretações "erradas e exageradas" do governo brasileiro levaram ao assassinato. Segundo o uruguaio, a autorização para que isso ocorresse partiu do então presidente Ernesto Geisel (1908-1996) e foi transmitida a Fleury, que acertou com o serviço de inteligência do Uruguai os detalhes da operação, chamada Escorpião -que teria sido acompanhada e financiada pela CIA (agência de inteligência americana). O plano consistia em pôr comprimidos envenenados nos frascos dos medicamentos que Jango tomava para o coração: o efeito seria semelhante a um ataque cardíaco. As cápsulas envenenadas eram misturadas aos remédios no Hotel Liberty, em Buenos Aires, onde morava a família de Jango, na fazenda de Maldonado e no porta-luvas de seu carro. Barreiro não exibiu provas e disse que o caso era discutido pessoalmente.
FOLHA - Qual era o interesse do Uruguai em vigiar Jango? MARIO NEIRA BARREIRO - Após o golpe no Brasil, o serviço de inteligência do governo do Uruguai se viu obrigado a cooperar porque era totalmente dependente do Brasil. Goulart, para nós, era uma pessoa que não tinha nenhuma importância.
FOLHA - Quando passou a vigiá-lo?
BARREIRO - Eu o monitorei de meados de 1973 até sua morte, em 6 de dezembro de 1976. Monitorei tudo o que falava através do telefone, de escuta ambiental e em lugares públicos.
FOLHA - O sr. colocou microfones na casa? Como ouvia as conversas?
BARREIRO - Estive na fazenda de Maldonado para colocar uma estação repetidora que captava sinais dos microfones de dentro da casa e retransmitia para nós. Esta estação repetidora foi colocada numa caixa de força que havia na fazenda. Aproveitamos essa fonte de energia para alimentar os aparelhos eletrônicos e para ampliar as escutas. Isso possibilitava que ouvíssemos as conversas a 10, 12 km de distância. Ficávamos no hipódromo de Maldonado ouvindo o que Jango falava.
FOLHA - Alguma vez falou com ele?
BARREIRO - Sim. Eu e um colega estávamos vigiando a fazenda, fingindo que um pneu da camionete estava furado. Ele nos viu e veio até nós caminhando e fumando. Perguntou se precisávamos de ajuda. Estava frio e ele nos convidou para tomar um café. Eu pensei: "Ou ele é muito burro ou muito bom".
Ele me convidou para entrar na fazenda. Meu colega não quis ir.Depois que fiz um lanche e tomei o café, eu disse: "Desculpa, senhor, qual é o seu nome?". Ele me olhou e disse: "Mas como, rapaz, tu não sabes quem sou eu? Tu estás me vigiando. Acha que sou bobo? Fui presidente do Brasil porque sou burro? Estou te convidando para minha fazenda porque não tenho nada a esconder. Sei que estão me vigiando, mas não sou inimigo de vocês". Eu disse que ele estava enganado, me fiz de bobo, mas ele era inteligente.
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O Torto também é história
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JUSTIÇA X JUSTIÇA - Greve dos professores X Pagamento de sentença judicial por parte do Estado à professores

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O jornal O POVO notícia sobre a ilegalidade da greve da UECE. Leia a notícia e o comentário da sra. Ana Maria Cordeiro, e faça seu comentário:

Decisão: Justiça decreta ilegalidade da greve da Uece23/01/2008 19:20A greve dos professores da Universidade Estadual do Ceará (Uece), que teve início em 12 de novembro de 2007, foi decretada ilegal nesta quarta-feira (23) pelo juiz titular da 6ª Vara da Fazenda Pública, Paulo de Tarso Pires Nogueira. Com a medida ficou determinado que o Sindicato dos Docentes das Universidades Estaduais do Ceará (Sinduece) se abstenha de promover, liderar ou apoiar, qualquer movimento de paralisação parcial ou total das atividades desenvolvidas pela UECE, preservando a continuidade dos serviços públicos tratados sob pena das cominações legais à espécie e pagamento de multa diária de R$ 500 (quinhentos reais), em caso de descumprimento da decisão.

De acordo com o presidente do Sinduece, Célio Coutinho, o sindicato ainda não foi notificado sobre a decisão judicial, por isso ainda pode se pronunciar oficialmente. Entretanto, Coutinho afirma que a categoria tem disposição de acatar a decisão.Redação OPOVO.com.br

Leia agora o comentário de Ana Maria:
Justiça decreta ilegalidade da greve,essa é a noticia veiculada no jornal ?O Povo? e isso é motivo de reflexão.

É preciso que toda sociedade, pricipalmente os que se importam com o destino das IES públicas e dela necessitam tomem conhecimento de que a justiça também decretou que o governo do Estado pague O PISO SALARIAL dos professores das universidades estaduais públicas (IES) e até hoje essa decisão não foi cumprida.

Só para esclarecimento isso foi em fevereiro de 2007 e já está com quase um ano.
Silvana Parente da Seplag, o procurador do Estado Fernando Antonio Oliveira e o subprocurador Francisco Antonio Nogueira e o governador Cid Gomes, buscaram na própria justiça respaldo para protelar essa decisão judicial, junto a segunda instância do próprio TRT.

Decisão judicial todos sabem se cumpre,e neste caso eu pergunto, a justiça só vale para aqueles que não tem como usar seu poder para barganhas,acordos espúrios seja qual for ou nepotismo?

Se a justiça é cega porque possui dois pesos e duas medidas?
A justiça perde sua moral e se torna iníqua quando só atinge a parte e não o todo. A indignação é grande e quero deixar claro, não sou professora do Estado, acompanho o desfecho deste caso e constato mais uma vez qua estamos longe de uma justiça justa e isenta e de governos respaldados nos interesses sociais.

Ana Maria Cordeiro Teixeira

Nosso comentário

No estado democrático de direito é lamentável que estejamos a constatar tudo aquilo que registra no seu comentário Ana Maria Cordeiro.
De fato, ocorrem tratamentos desiguais: celeridade naqueles processos patrocinados pelo governo e morosidade quando o réu é o estado e se trata de garantir direitos legítimos de uma categoria.

O nosso processo de PISO SALARIAL se arrasta há mais de quinze anos nos desvãos da justiça. Há realmente um acórdão do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL com sentença transitada em julgado em primeiro de fevereiro de 2007. A mma. Juiza da Quarta vara da Justiça do Trabalho determinou a execução da sentença no dia 15/10/2007 que foi descumprida pela titular da SEPLAG dra. Silvana ParenteO não cumprimento da decisão da quarta vara ocasionou o sequestro de recursos do governo do estado na ordem de sete milhões de reais determinado pela excelentíssima juíza da quarta vara. Na seqüência a PGE do Estado do Ceará através do subprocurador já nominado por Ana Maria, entrou com uma "reclamação" (recurso inominado e que não consta no glossário jurídico)no dia 18 de outubro de 2007 que foi acolhido pelo TRT. Para encurtar a história o TRT acolheu a tal "reclamação" e a execução foi suspensa, o dinheiro sequestrado devolvido aos cofres do estado. De 18/10/2007 até a presente data a tal liminar concedida para suspender de modo abrupto a execução já em andamento ainda não foi posta na pauta do Tribunal Regional do Trabalho para julgamento do pleno daquela Egrégia Corte. Nós professsores da ação PISO SALARIAL sempre acreditamos na Justiça, na independência dos poderes, e em nome desta crença inabalável, solicitamos do TRT que seja colocado no site daquele tribunal informações sobre o nosso processo atualizadas como ocorre em outras instâncias do judiciário, para nos mantermos informados e mais ainda que seja o mesmo processo posto em pauta para o julgamento.

No mais, estamos solidário com as afirmações de Ana Maria e partilhamos de sua indignação
Prof. adjunto concursado da UECEGilberto Telmo Sidney Marques


Fonte:http://pisosalarial.blogspot.com/

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MOTOTAXISTAS DE QUIXADÁ RECLAMAM
É claro em todas as cidades do interior o crescimento de uma categoria alternativa de transporte: os mototaxistas.
Em Quixadá existe uma Associação da categoria, segundo os próprios mototaxistas, uma associação inoperante e que não defende os interesses da classe.
O DMT (Departamento Municipal de Trânsito) autarquia responsável pelo trânsito na cidade de Quixadá, passou a exigir o cumprimento do Código Brasileiro de Transito, que é o usso dos equipamentos de segurança como por exemplo o capacete tanto para o piloto como para o acompanhante.
Até aí tudo bem. A prefeitura passou a exigir destes trabalhadores o pagamento de imposto, alvará, além da troca da placa amarela por placa vermelha, sinalizando ser aquele veículo de aluguel. O problema é que, segundo um mototaxista ouvido por nós e que pediu para ter sua identidade preservada, uma parte está cumprindo com essas obrigações, chegando a gastar neste início de ano cerca de R$ 500,00 (quinhentos reais) enquanto grande parte continua “rodando” sem pagar nenhuma taxa, nenhum imposto, e nada é feito para impedir isto. “Apesar de está trabalhando de forma correta, me sinto prejudicado, pois, tive que fazer um gasto, que nem podia, e quase nada é feito para que todos trabalhem corretamente”, disse o mototaxista.
Wellington Viana, coordenador do trânsito em Quixadá, disse que mais de 500 mototaxistas já foram cadastrados e aqueles irregulares estão sendo autuados e multados, porém, é importante salientar ô trabalho é lento mas estamos nos esforçando para que todos trabalhem legalmente.
O Torto está prestando mais um serviço de utilidade e é preciso que seja feito um trabalho em conjunto para ambos não sejam prejudicados.

FIQUE POR DENTRO

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ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE TRIBUTOS, IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES

Tributos - os tributos formam a receita da União, Estados e municípios e abrangem impostos, taxas, contribuições e empréstimos compulsórios. O Imposto de Renda é um tributo, assim como a taxa do lixo cobrada por uma prefeitura e a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Eles podem ser diretos ou indiretos. No primeiro caso, são os contribuintes que devem arcar com a contribuição, como ocorre no Imposto de Renda. Já os indiretos incidem sobre o preço das mercadorias e serviços.
Imposto - Não há uma destinação específica para os recursos obtidos por meio do recolhimento dos impostos. Em geral, é utilizado para o financiamento de serviços universais, como educação e segurança. Eles podem incidir sobre o patrimônio (como o IPTU e o IPVA), renda (Imposto de Renda) e consumo, como o IPI que é cobrado dos produtores e o ICMS que é pago pelo consumidor.
Taxa - esse tributo está vinculado (contraprestação) a um serviço público específico prestado ao contribuinte e prestado pelo poder público, como a taxa de lixo urbano ou a taxa para a confecção do passaporte. Contribuições - elas são divididas em dois grupos: de melhoria ou especiais. No primeiro caso estão as contribuições cobradas em uma situação que representa um benefício ao contribuinte, como uma obra pública que valorizou seu imóvel. Já as contribuições especiais são cobradas quando há uma destinação específica para um determinado grupo, como o PIS (Programa de Integração Social) e Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), que são direcionados a um fundo dos trabalhadores do setor privado e público.


Fonte: ANA PAULA RIBEIRO da Folha Online, em Brasília

PROFETAS POPULARES

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XII ENCONTRO DOS PROFETAS POPULARES

Como acontece anualmente o CDL - Clube dos Dirigentes Lojistas de Quixadá em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turístico da Prefeitura Municipal de Quixadá, realizou neste sábado dia 12 de janeiro o XII Encontro de Profetas Populares.

O encontro aconteceu no Açude Cedro e contou com a participação de vários profetas populares que fizeram previsões otimistas com relação ao inverno.
Através da observação da movimentação das formigas, da floração do mandacarú entre outras, esses homens vem mostrando que esses empirismo pode ajudar ao sertanejo, pois, ele faz parte de um conhecimento que vem sendo adquirido ao longo do tempo, das experiências.
Esperamos que essas previsões de um bom inverno se comprovem: o povo precisa.

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DEM questiona no Supremo decreto que aumentou IOF

Os Deputados federais Rodrigo Maia (RJ) e Osório Adriano (DF), presidente e secretário-geral do partido Democratas, ajuizaram na tarde de 07.01, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 4.002) no Supremo Tribunal Federal contra o Decreto nº 6.339/08, que alterou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, Títulos ou Valores Mobiliários). Segundo o presidente do partido, o decreto presidencial teve como principal finalidade compensar a perda na arrecadação, causada pela rejeição do Congresso Nacional à prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Nos autos da ADI o Democratas sustenta que o decreto questionado, além de aumentar a alíquota do IOF, teria instituído uma alíquota adicional de 0,38% do imposto sobre operações de crédito. Para o partido, esse adicional seria, na verdade, uma nova exigência fiscal, criada por meio de decreto presidencial, sem a observância dos requisitos constitucionais para a criação de um novo imposto. Além de impor dupla tributação em diversas situações, o partido afirma que o ato presidencial não seria o instrumento próprio para instituir novo imposto, mesmo que adicional. “Trata-se de matéria reservada a lei complementar”, afirma a ação.

Isonomia tributária
O aumento também violaria o princípio constitucional da isonomia tributária, afirmam os parlamentares, uma vez que impõe discriminação indevida entre os tomadores, onerando mais as operações de crédito cujos mutuários sejam pessoas físicas (alíquota de 0,0082%), em relação àquelas em que os mutuários são pessoas jurídicas (alíquota de 0,0041%). Ou seja, em operações idênticas com valores e condições iguais, explica o Democratas, o crédito tomado por pessoa física sofre a incidência de IOF maior do que o tomado por pessoa jurídica.

Dessa forma, prossegue a ação, o aumento da alíquota do IOF pelo decreto questionado ofenderia o direito à igualdade entre os contribuintes, conclui a ADI, que pede ao Supremo que declare a inconstitucionalidade do Decreto nº 6.339/08 e também dos incisos II e VIII do § 1º do artigo 15 do Decreto nº 6.306/07, com a redação dada pelo Decreto nº 6.435/08.

Liminar
O partido pede a concessão de liminar, uma vez que o decreto determina a imediata cobrança do IOF, já sob o novo regime, sobre operações de financiamento, empréstimo, câmbio e seguro. Para o partido, os efeitos imediatos do aumento já podem ser sentidos pela população em razão de planos de saúde, crediários, financiamentos, razão pela qual o partido, afirmando o risco de dano à segurança jurídica e notadamente à economia popular, pede a concessão de medida cautelar, para suspender a eficácia dos decretos até o julgamento final da ADI
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Fonte: STF

COMENTANDO O RESULTADO DA ENQUETE

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COMENTANDO A ENQUETE:

Os resultados da pesquisa Você é contra ou a favor da transposição das águas do Rio São Francisco?

* Contra - 15%
* A Favor - 85%

A grande maioria, como ficou registrado, se manifestou favoravelemente à transposição. É evidente que se essa pesquisa fosse feita em Sergipe,Bahia ou em Minas Gerais os resultados seriam diferentes.
Os sergipanos, os baianos e os mineiros se julgam os verdadeiros proprietários do Velho Chico como se o chamado "rio da integração nacional" não fosse patrimônio de todos os brasileiros ou como se os estados do nordeste não fizessem parte da federação.
Do ponto de vista técnico não há mais nada que discutir. A transposição não acarretará grandes e catastróficos impactos ambientais como os mais fanáticos apregoam tentando sofismar e enganar a opinião pública.
De que se queixam? Que nossos estados vão "roubar água" do oceano Atlântico? E será que essa água desviada para atender 12 milhões de brasileiros, gerando empregos e matando a sede, vai fazer falta ao oceano Atlântico?
Antigamente, quando uma coisa era difícil de acontecer, dizia-se lá no meu sertão: -"é mais fácil o mar secar".
Vamos redirecionar o dito popular formulando uma pergunta a sergipanos, mineiros, gregos e baianos:
Será que a transposição do São Francisco vai fazer o mar secar?
Responda quem souber.

USINA DE BIODIESEL UM MARCO DO PROGRESSO

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Há alguns anos, em campanha eleitoral de um certo ex-prefeito, um ex-governador prometera cerca de cinco indústrias que seriam localizadas em distritos de Quixadá. Era pura mistificação. As indústrias nunca chegaram.

Só agora, em termos concretos, a moderna industrialização chega e finca raizes em Quixadá.

A instalação da Usina de Biodiesel da Petrobrás, mais uma marca registrada da administração progressista de Ilário Marques, proporcionará muitos empregos diretos, estimulará a instalação de outras indústrias para aproveitamento das matérias primas por ela gerada como frisou a notícia.

Acompanhamos, como secretário de comunicação da Administração Novo Tempo, as mudanças implementadas por Ilário: o programa Saúde da Família, implantado pioneiramente em Quixadá, a construção de praças como espaço público de lazer, o embelezamento do centro de Quixadá como um imperativo da melhoria da auto-estima da população.

Mas, vimos muito mais: a preocupação com o bem estar da população humilde com a construção de centenas de habitações populares, a criação do centro de nutrição a ampliação das creches,etc.

Há um sem-número de obras de relevância que, citadas, ocupariam um grande espaço nesta postagem. Permitimo-nos apenas lembrar a implantação das escolas Polo no São João, no campo Novo, do CEFET e também do campus da UFC.

Mesmo lutando contra as adversidades e a indisposição de sucessivos governadores do estado que tentaram, sem êxito, introduzir uma administração paralela no município através do projeto São José, por exemplo, e sabotar os projetos da PMQ, as administrações de Ilário fazem sem dúvida a diferença na comparação com tantas outras em Quixadá.
O futuro definitivamente chegou na Terra dos Monólitos.
Parabéns Quixadá.

USINA DE BIODIESEL

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USINA DE BIODIESEL: REALIDADE EM QUIXADÁ

Nesta sexta-feira (04/01) estivemos visitando o canteiro de obras da Usina de Refinamento de Biodiesel da Petrobrás situada no Distrito de Juatama, na cidade de Quixadá.

O Prefeito de Quixadá Ilário Marques e o vice Cristiano Goes, convidaram cerca de 100 pessoas que puderam conhecer “in lócus” toda a grandiosidade e importância daquela obra para este município encravado no Sertão Central do Ceará.
Para João Augusto, engenheiro chefe responsável pela obra das três usinas que estão sendo implantadas (Ceará, Bahia e Minas Gerais) a de Quixadá é a que está melhor localizada em termos de escoamento da produção, com uma estrutura capaz de beneficiar 50 mil toneladas/ano de biodiesel. Com isso a tendência é que a região se torne um pólo industrial já que serão aproveitadas, por exemplo, toneladas de resíduos e glicerina, matérias primas que possibilitaram a instalação de indústrias para o aproveitamento destes produtos, finalizou o engenheiro-chefe.
São investimentos da ordem de 75 milhões de reais, que irão garantir maior renda para a população, maior arrecadação para o município e como conseqüência um crescimento sócio/econômico garantindo uma melhor qualidade de vida ao povo quixadaense, disse o Prefeito Ilário.
Muito importante foi percebermos a preocupação ambiental da Petrobrás. Nenhum resíduo será jogado na natureza, tudo será reaproveitado e o meio ambiente será preservado. A empresa preocupada com essa preservação está construindo no local uma reserva florestal. João Augusto garante que não haverá nenhum impacto para o meio-ambiente, nem mesmo sonoro, pois os equipamentos e a construção garantirão o máximo de silêncio tanto para o eco-sistema como para a população das proximidades.
O vice-prefeito Cristiano Góes, disse que Quixadá tem um crescimento fixado em bases sólidas, sendo garantidos os direitos de todos os trabalhadores, assim como um futuro melhor para as novas gerações quixadaenses e do sertão, pois, a usina atenderá a toda a região produtora de mamona, girassol entre outras, gerando assim emprego e renda a todos.
Hoje a obra emprega 600 pessoas e está com cerca de 64% concluída, com previsão para o termino no final do primeiro trimestre deste ano. É Quixadá no caminho de um crescimento seguro.
Fotos: Edgardo Moraes
Na primeira, área em construção, com destaque para os reservatórios.
Na segunda João Augusto fala sobre a Usina aos convidados.