AINDA FALANDO SOBRE DEMÓCRITO DUMMAR


LEIA AGORA A SEGUNDA PARTE DO EDITORIAL EDIÇÃO DA ALMA

Meu filho... A pior manchete é sempre a da morte de pessoas queridas, próximas. Para o jornalista, sofrimento em dobro, por ainda ter que escrever a respeito. A notícia da morte de Demócrito Dummar é uma dessas situações complicadas de rotina de jornal. Não por ele ser o dono, mas por ser quem ele era. Deixou órfãos filhos biológicos e filhos de trabalho. Tratava os mais chegados por "meu filho", "minha filha". Era assim o Dr. Demócrito de sempre. Esteve em casa tranqüilamente como sempre, rodeado de seus bichos de estimação, da sombra das árvores por todo o jardim e das flores exuberantes. Mostrou o carinho de sempre a Wânia, a mulher que amava e com quem ficou casado por 30 anos. Trocavam amabilidades publicamente sempre. Demócrito tinha quatro filhos: Luciana, Dummar Neto, Demócrito Filho e Georgiana. Estava com 63 de idade e tinha um jovem filho de 80 anos, O POVO, herdado de seu avô Demócrito Rocha. Pela manhã, chegou a ir até o jornal. Como numa despedida. Nos corredores, Demócrito gostava de se aprofundar em conversas ou de filosofar amenidades. Generosamente, cuidava de envolver a todos e de partilhar, mesmo no ambiente de trabalho. Fazia disso sua marca. Em reuniões, ouvia cada um igualmente. Cumprimentava novatos, palestrava para estagiários. Era de sua índole. Mesmo com seu 1,90 metro ou mais que isso, era uma pessoa leve. De brilho fácil. Cativante como poucos. Demócrito gostava de coisas simples, como dizem as canções mais simples. Surpreendia quando aparecia em bares onde estavam seus repórteres e degustava um copo ou outro com eles. Ou mandava diretamente e-mails elogiosos a textos e apurações que gostasse. Era um leitor atento, bom observador. (Cláudio Ribeiro)

OBS. para quem não entendeu a charge: Demócrito tratava a todos os funcionários do jornal de "meu filho"

LEIAM AGORA O COMENTÁRIO QUE POSTAMOS NO BLOG DO DN:

Comente para “Luto” - Blog de Roberto Maciel - vinculado ao site do Diário do Nordeste que não se manifestou publicamente sobre morte de Demócrito demonstrando, no mínimo, indiferença.

Gilberto Telmo Sidney Marques disse: 26/04/2008 as 20:08
Aguarde aprovação para seu comentário.(AINDA DEPENDE DE APROVAÇÃO OU CENSURA)
Esperei que o jornal Diário do Nordeste publicasse um editorial lamentando a morte de Demócrito Dummar. O que houve? Faltou solidariedade pública à família do morto.A concorrência inibiu o gesto de grandeza?
Nessas horas não cabem outros sentimentos que não a solidariedade efetiva, srs do DN.

Gilberto Telmo Sidney Marques
prof. adjunto da UECE

1 comentários:

Anônimo disse...

Vergonhoso o que toda a imprensa fez: censurou a causa da morte.