EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO

TRÂNSITO MUITO LOUCO
Já tratamos em outras postagens sobre o trânsito na cidade de Quixadá. Além disso, também levamos aos responsáveis pela autarquia do trânsito nossa preocupaçãoe reivindicações. Na verdade, nada a maisdo que já estão cansados de saber, mas estamos fazendo nossa parte.
Porém, nada mudou, nada muda, o trânsito de Quixadá continua infrnal. Motoristas não respeitam o sinal vermelho, motoqueiros ultrapassam pela direita e levam excesso de passageiros e o que considero pior, usam um posto de gasolina como meio para encurtar caminho e não respeitar o semáforo. –E um risco constante, basta observar um minutinho nas esquinas da avenida Plácido Castelo com José Caetano.
Além da falta de fiscalização ostensiva percebe-se também uma falta de respeito e educação ao próximo. Pergunta-se: Até quando? Serápreciso acontecer algo mais grave para que providências sejam tomadas?
Sobre a questão “Investimento no Trânsito” lí uma matéria interessante na Coluna Opinião (20/09), doespecialista em transito e Representante regional da ABPTRAN (Associação Brasileira de Profissionais do Trânsito) Luis Carlos Paulino, que transcrevo abaixo.

Debates e idéias
EDUCAÇÃO E O TRÂNSITO

Vivencia-se, por estes dias, a semana nacional do trânsito que, de acordo com o art. 326 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), deve ser celebrada, anualmente, no período compreendido entre 18 e 25 de setembro. Para 2009 o Denatran estabeleceu como tema a educação.

Oportuno lembrar que o capítulo VI do CTB, que versa especificamente sobre a educação para o trânsito, a define como sendo direito de todos, constituindo-se dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito. É dizer: todas as entidades e órgãos públicos federais, estaduais e municipais vinculados ao trânsito e, por consequência, ao SNT, têm obrigação de tratar de modo primaz a educação.
Indaga-se: na prática, é o que se ver? Infelizmente, não. A maior parte das ações desenvolvidas pelos que integram o SNT enfatiza a fiscalização em detrimento das demais peças do chamado tripé basilar do trânsito, que, de forma sintética é compreendido pelas seguintes "hastes": engenharia, esforço legal (aí inclusa a fiscalização) e a EDUCAÇÃO. O tão propalado caos nas vias públicas brasileira também é decorrente dessa postura equivocada dos evidenciados órgãos de trânsito. Sobre a situação caótica do trânsito nas vias nacionais, o eminente jurista Arnaldo Rizzardo reflete que "sociologicamente, justifica-se o fenômeno pela rápida difusão dos veículos adquiridos e utilizados em todas as camadas sociais. De outro lado, a educação do povo em geral está num nível precário e baixo, com uma acentuada falta de respeito aos direitos do próximo".
Diante da falta de investimentos na educação contextualizada para o trânsito - aspecto tão essencial à segurança viária quanto a fiscalização e a engenharia -, resultante, como é sabido por todos, em uma verdadeira guerra urbana com cerca de 35.000 mortes por ano, forçoso que se concorde com o senador Cristovam Buarque que, ao comentar frase constante de um adesivo de carro com o seguinte teor: "tenho vergonha dos políticos brasileiros", asseverou ter pensado em copiá-lo, adaptando o texto para: "tenho vergonha dos motoristas brasileiros". Afinal, consolida o parlamentar, "se temos vergonha dos políticos, tenhamos também dos motoristas, já que somos o país com o maior índice de assassinatos no trânsito. Nossos motoristas são tão assassinos quanto os políticos são ladrões".
Por fim, ainda na linha do ilustre senador, o trânsito brasileiro é tão violento quanto os motoristas brasileiros são deseducados e, sobremaneira, é tão violento o trânsito brasileiro quanto são despiciendos os investimentos em educação. Representante regional da ABPTRAN (Associação Brasileira de Profissionais do Trânsito)
LUÍS CARLOS PAULINO

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