A OPOSIÇÃO BEM QUE TENTOU

RELATÓRIO TÉCNICO CONFIRMA QUE BLECAUTE TEVE CAUSAS CLIMÁTICAS
Para decepção da oposição e setores da mídia que insistiam em apontar "falha de gestão" como causa do blecaute que atingiu alguns Estados do país na noite de 10 de novembro, o ministério de Minas e Energia apresentou nesta quarta-feira parte do relatório do grupo de trabalho criado para explicar as causas do problema.
O texto confirma que "os curto-circuitos verificados foram causados por descargas atmosféricas ou pela redução da efetividade dos isoladores submetidos às condições meteorológicas adversas caracterizadas por chuvas intensas e rajadas de vento".

O relatório confirma a versão divulgada pelo governo desde o início e traz essas hipóteses tendo como base registros gráficos e de imagem dos equipamentos que foram afetados no dia do blecaute.

O relatório propõe ainda sugestões para evitar que o problema se repita. Entre elas está o aperfeiçoamento dos critérios de segurança atualmente adotados no planejamento da expansão e no planejamento da operação.

"Esse critério de segurança deverá ser aplicado em determinados sistemas de transmissão de suprimento à(s) região(ões), Estado(s), grandes centros de consumo, bem como em troncos de transmissão de escoamento de grandes blocos de geração. Na definição da solução a ser adotada deverão ser contemplados os riscos, os custos, bem como os impactos para o SIN (Sistema Integrado Nacional)", diz o relatório.

Hermes Chipp, diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), ressaltou a proposta de aperfeiçoamento no critério de segurança. "Os países mais ricos estão caminhando para pagar pela segurança e acho que nós estamos evoluindo para isso: gastar um pouco mais para evitar esse tipo de impacto".

O diretor-geral do ONS citou ainda como "medidas mitigatórias" um sistema de cobertura para impedir que a chuva percorra o sistema e a troca dos isoladores. "Eles não precisavam ser trocados pela norma. Nem os trincados, porque, sob chuva, não apresentavam diferença. Mas, por uma questão de possibilidade futura - não pela chuva - vão ser trocados".

Chipp disse também que para se afastar qualquer risco seria necessário "estabelecer um sistema redundante" ao de Itaipu, "com um custo inadministrável". "Nenhum país faz isso. Se esse caminho é um caminho que a sociedade não quer administrar, então, medidas mitigatórias serão tomadas".

Fonte: www.vermelho.org.br

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