RONDA DO QUARTEIRÃO NECESSITA DE UMA RECICLAGEM

RONDA DO QUARTEIRÃO

Quando se ouvia falar em Ronda do quarteirão, imaginava-se uma polícia diferente, uma polícia comunitária, aquela que estaria junto à população, conhecendo os moradores pelo nome, fazendo um trabalho preventivo.

Porém, o que se percebe é que pouca coisa mudou, a não ser os luxuosos carros e policiais por trás de um volante mostrando-se, muitas vezes, superiores ao restante da população civil.

A cerca de 15 dias, me pediram para chamar uma ambulância para socorrer uma pessoa que estava tendo convulsões e não consegui manter contato com o hospital, então me sugeriram: liga pro Ronda. Assim fiz, liguei. Tive como resposta que não poderiam fazer nada pois não estavam autorizados a atender a esse tipo de ocorrência.

Depois de insistir e mostrar que uma vida estaria correndo risco, disseram que iriam atender. Por graças o rapaz foi socorrido por uma cidadão que passava, pois, até agora õ ronda não apareceu.

É uma pena, que diante da possibilidade e oportunidade de aproximar a polícia da população seja desperdiçada por uma visão ainda atrasada do comando da segurança pública ou de quem quer que seja os responsáveis pelo Ronda do quarteirão.

A truculência na abordagem de pessoas não deixa nada a desejar as antigas denúncias. Ontem (08/12), por exemplo, um jovem adolescente voltava para casa com outros amigos quando foi abordado pelos policiais do Ronda para uma revista.

De início chamaram o jovem de vagabundo, um total desrespeito ao filho de um trabalhador, de um homem honesto, que paga impostos e o salário dos próprios policiais. Em seguida mandaram o rapazcruzar os dedos das mãos coloca-las sobre o veículo quando fizeram pressão nos dedos do jovem numa velha e abominável espécie de “tortura”.

Não somos contra a abordagem para revista e busca de armas, até porque funciona como uma segurança preventiva. Porém a população não pode ser tratada de forma desrespeitosa, num pré-julgamento, como se bandido fosse.

É preciso uma mudança de atitude e de mentalidade. Taí o exemplo do Rio de Janeiro. Quando a população acredita na polícia, ela se sente parte desta colaborando para a efetivição das políticas de segurança pública.

Fica aí a dica.

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