SEM TOMAR PARTIDO. COMO UM MERO ESPECTADOR, MAS COM UM PRESSÁGIO...


INTERNAUTAS E AMIGOS QUIXADAENSES
Na sexta feira, dia 08 de maio, tive o imenso prazer de ir a Quixadá para proferir uma palestra na Faculdade - FECLESC sobre o inesgotável tema Malba Tahan em comemoração ao dia da Matemática, uma homenagem ao extraordinário mestre cujo nascimento ocorreu em 06.05.1895.
Após a exposição, estivemos jantando com os professores Edisom Eugênio e Grangeiro e os amigos Chiquim Saraiva, Reginaldo Barbosa, devidamente acompanhado da família e Rinaldo Roger, entre outros.
Às horas tantas ventilou-se sobre a localização do Hospital Regional e o Chiquim Saraiva dirigiu-se a mim afirmando que eu seria "um espião" pelo fato de ter nascido em Quixeramobim. Dessa vez não participei da discussão. Seria difícil opinar. Nasci em Quixeramobim, mas tenho por Quixadá uma extraordinária paixão. Quixadá me acolheu e ma permitiu conquistar muitas vitórias na FECLESC e nos cargos que ocupei na prefeitura municipal em duas administrações. Quixadá me oportunizou fazer aquilo que nunca fiz por Quixeramobim...
Mas, desde os anos remotos de minha infância eu já vinha periodicamente a Quixadá acompanhando meu pai comerciante e freguês do Cortume Belém do sr. Capelo, da Fábrica de Redes do sr. Benjamin Oliveira, do professor Hermínio Dinelly, pai do Valdir. Muitas vezes estive hospedado na casa do Jorge pai da D. Carolina Dinelly (a Branca), filha da d. Consuelo, amicíssima de meu pai.
Conheci o Cedro e a Galinha Choca, fiquei impressionado com a portentosa imagem dos monólitos que pareciam brotar do chão dando a impressão de uma paisagem lunar.
Quando retornei professor parecia que mais uma vez estava sendo conduzido pelas mãos seguras de meu pai. E vim determinado a trabalhar e,s e fosse o caso, até "tirar leite das pedras" na certeza de que conseguiria pois não faltaria matéria prima para tal realização.
E tive em Quixadá a melhor das acolhidas. Quixadá foi minha Pasárgada. Lá fui amigo dos reis, os prefeitos, do bispo D. Adélio, da saudosa Rachel de Queiroz, do Zé da Páscoa, do Almeidinha, dos meninos do Campo Velho, o Pedrinho e o Clécio, do Moisés do Campo Novo, do Amauri, do sr. Pinheiro da Faculdade, da Naiara, do Alci da Churrascaria e do forró e de tanta gente boa que já partiu.
Definitivamente Quixadá está plantado no meu coração, na minha mente, no meu imaginário.
E as boas lembranças de incontáveis vitórias e de tantos e generosos amigos certamente me acompanharão até a morada derradeira.
É por todas essas razões que eu não podia emitir opinião e nem torcer por Quixeramobim onde nasci e por Quixadá onde vivi os melhores dias de minha vida e que me agraciou com o título de Cidadão Quixadaense e ainda com a Medalha Américo Barreira.
Naquela noite, contrariando toda a minha trajetória política, abstive-me de opinar. Virei um espectador.Mas tive um pressentimento.
Pressenti, pelo andar da carruagem, que Quixadá ia perder a disputa.
Nos bastidores muita coisa estava acontecendo. Havia um critério cujo mérito não quero discutir. Houve lobby, com certeza. Talvez até tenha vencido o mais esperto, o mais hábil. Mas, convenhamos, com essa administração municipal incompetente e calamitosa que deformou a cidade, até o "olho de bila" já deveria saber que Quixadá estava fora do páreo.
Analisem os resultados:
Quixeramobim obteve 61,2% de um total de 648.354 votos. Em segundo lugar na votação, ficou o Município de Quixadá, com cerca de 19, 9%, sendo seguido por Canindé e Boa Viagem, com, respectivamente, 17,5 % e 1,4 % dos votos. Por pouco Boa Viagem não empatou com Quixadá.
A grande diferença deve conduzir a população de Quixadá, que sempre lutou pela hegemonia do municípío no Sertão Central, a uma grande reflexão. Onde foi que Quixadá errou? Essa deve ser a interrogação que busca uma resposta.
Há mais de dois anos manifestamos neste blog o temor há muito confirmado: "qualquer que seja o resultado da eleição (de 2008) Quixadá vai sair perdendo". Não gostaríamos que esta profecia se concretizasse. Mas, infelizmente é o que podemos constatar.
No entanto, sempre é tempo de reconstruir, amigos Quixadaenses.

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