REALIDADE NACIONAL

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Faltam varas especializadas
As cinco Varas da Infância e Juventude existentes no Estado do Ceará estão concentradas apenas na Capital Fortaleza. O artigo 145 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) afirma que “os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões”. Porém, a realidade é bem diferente.


De acordo com o promotor e representante da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP) no Ceará, Hugo José Lucena de Mendonça, após os 18 anos do Estatuto, o Estado ainda não regulamentou o artigo 145, pois as cinco Varas da Infância e Juventude existentes no Ceará estão concentradas apenas na Capital, representando um juiz especializado para cada 486.283 habitantes.A ABMP defende que os municípios com mais de 100 mil habitantes devem possuir varas especializadas na área da infância e juventude, pois as políticas de assistência social, saúde e educação partem do princípio de que as cidades de grande porte apresentam uma organização social complexa e também sinais de vulnerabilidade que justificam a especialização dos serviços.

Em municípios de grande porte, como Juazeiro do Norte, Sobral e Iguatu, não há varas especializadas. “Além dos casos ligados a infância e juventude, o juiz de uma comarca do interior precisa tratar de diversas outras situações. Isso é uma omissão do Poder Judiciário e um desrespeito ao ECA”, afirma o promotor Hugo Lucena.O conselheiro tutelar de Acopiara, Francisco Alves Batista, afirma que os processos encaminhados ao fórum do município são resolvidos de forma lenta e burocrática. De acordo com ele, os prazos estabelecidos nunca são cumpridos pelo Poder Judiciário. “Infelizmente, o que acontece é que a criança nunca é vista como prioridade, ficando só no discurso das pessoas”, critica.Aurilene Vidal, coordenadora de projeto da Pastoral do Menor, afirma que há uma série de falhas em relação à área da Justiça destinada a crianças e adolescentes. No Interior do Ceará, ela destaca que “há uma grande demanda de casos para poucos profissionais, a estrutura das delegacias não é adequada e há uma falta de conhecimento técnico sobre os direitos de crianças e adolescentes por parte da maioria das pessoas que trabalham na área”.Conforme dados do estudo “Sistema de Justiça na Infância e na Juventude nos 18 Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - Desafios na Especialização para a Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes”, realizado pela ABMP em 2008, a formação dos magistrados, promotores e defensores públicos na área da garantia de direitos de crianças e adolescentes é precária, quando não, inexiste.

O levantamento mostra que não há espaço para o tema nas Academias, nos editais de concurso público e nos cursos de formação inicial e continuada para aqueles que ingressam na carreira.Segundo Lucena, outro problema no Interior é que o juiz não conta com o apoio de uma equipe transdisciplinar, como psicólogos e assistentes sociais, tendo que decidir, em alguns momentos, apenas pelo bom senso. A equipe interprofissional está prevista no ECA, que estabelece a existência de profissionais de diversas áreas para assessorar a Justiça da Infância e da Juventude. Para ele, o que falta é o fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos e o bom funcionamento de todos os seus equipamentos que estão previstos em lei.


Fonrw> Diário do Nordeste

TERRA SEM LUZ

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ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM QUIXADÁ: UM CASO SÉRIO

Li no site central de notícias que o bairro Planalto Itatira em Quixadá está sem iluminação e que os moradores do referido bairro suplicam à Companhia Energética do Ceará (Coelce) pela instalação da rede de iluminação pública naquela área.

Algumas coisas me chamaram a atenção que passaremos a enumerar:
A primeira é que a população suplica por algo que é direito de todos, inclusive uma rua iluminada aumenta a segurança, diminuindo o índice de criminalidade. A segunda é que mesmo sem iluminação no bairro a cobrança da “contribuição de Iluminação Pública” não deixa de ser cobrada. Por último a omissão do poder público local que também é responsável por este tipo de serviço, apesar de delegar esta função a Coelce.

Como se não bastasse á cobrança da contribuição, que é compulsória, em alguns casos chega a mais de 15% do valor da conta de iluminação, já incluídos todos os impostos, que não são poucos.

É preciso chamar a atenção de toda a sociedade para este problema, bem como das entidades de classes e do Ministério Público para analisar a legalidade desta cobrança.

TERRA SEM LEI

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Recebemos este material do amigo e leitor Luiz Marcio e repassamos a todos os nossos leitores para uma reflexão. Obrigado pela colaboração.
LEI DO SILÊNCIO E SUA EFICÁCIA
Em Quixadá a transgressão a lei do silêncio é flagrante, falta em alguns membros da comunidade local a noção de vida coletiva. Espaços públicos são invadidos, ruas e praças são privatizadas e os proprietários de bares e carros de som ignoram a Lei do Silêncio. Abrem-se bares em zonas residenciais sem restrição alguma, fazendo a vida da vizinhança um verdadeiro inferno.
Por toda parte há exemplos de carros de som com seus decibéis ensurdecedores, ignorando qualquer limite. Quando por fim a autoridade policial comparece baixa-se o volume, mas somente por alguns minutos, assim que os policiais saem retoma-se a lógica da auto-satisfação a qualquer custo.
Tão preocupante quanto a esse tipo de desrespeito á lei é a surdez física e moral com que tais fenômenos são recebidos de parte de concidadãos. Invertem-se os valores: os que se sentem agredidos e denunciam são taxados de “otário’’, pelo fato de pretenderem ter direito ao repouso e ao sossego. A quem apelar?
Enquanto não recuperarmos a educação e o espírito de vida coletiva essa mazela continuará arraigada no seio de alguns membros da sociedade quixadaense. Se nada for feito, a impunidade contribuirá para alastramento da violência urbana. Só resta então esperar que o Poder Judiciário possa ouvir esse apelo de urgência e ajude a restaurar a noção geral que a cidade é de todos e não somente de alguns.

Luiz Marcio Greyck Martins
Universitário

PT QUER EXPULSÃO DO SEU VICE-PRESIDENTE

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CRISTIANO GOES EXPULSO DO PT?!
Ficamos sabendo de fonte segura que ontem 18 de março, o diretório do PT de Quixadá deu inicio às discussões sobre uma possível expulsão de Cristiano Goes, atual vice-presidente do PT local,, do quadro de filiados do partido.

Cristiano que foi vice-prefeito de Quixadá na gestão do atual presidente estadual do PT Ilário Marques, rompeu com o grupo político do então prefeito Ilário por não concordar com a forma que se deu a escolha do candidato para prefeito na cidade de Quixadá.

Atualmente Cristiano Goes tem se dedicado ao término de seu curso superior em Fortaleza esteve em Quixadá participando de reuniões e encontros com grupos e entidades representativas da sociedade quixadaense disse que também ficou sabendo sobre essas discussões em torno de sua expulsão do partido dos trabalhadores, mas que até o presente momento a ele nada havia sido comunicado e estranhava ter ficado sabendo por terceiros, pois ele deveria ter sido comunicado já que é o principal interessado e nem ao menos sabe do que a ele está sendo imputado, há não ser que seja pelas criticas que venho fazendo, o que não justifica a expulsão, finalizou Cristiano Goes.

O que nos causa estranhesa é que o partido dos trabalhadores nasceu com base nas contradições, nos pensamentos distintos, nas discussões e transparências de seus atos, sendo inadimissível expulsar um filiado por pensar diferente e fazer críticas. Se este for realmente o motivo se faz necessário uma reflexão interna daqueles que sempre estiveram na vanguarda política pelo grande nível dos debates.

Pode ser que o fato do vice-presidente do PT quixadaense está afastado por mais de trinta dias tenha gerado uma "expulsão por justa causa".

CONVITE

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A AJE - ASSOCIAÇÃO DOS JOVENS EMPRESÁRIOS DE QUIXADÁ - REALIZARÁ SOLENIDADE DE POSSE DA NOVA COORDENAÇÃO NESTE 18 DE MARÇO

A Federação das Associações dos Jovens Empresários do Ceará – FAJECE é a entidade representativa do Movimento de Jovens Empresários do Estado do Ceará, fundada em 1999 e distribuídas por todo o Estado, contando, atualmente com 07 (sete) Associações. Criada com a intenção de oportunizar equilíbrio na formação de jovens líderes em todo o Ceará, a FAJECE utilizou-se da experiência bem sucedida da Associação de Jovens Empresários de Fortaleza, fundada em 1989, e suas ações fundamentam-se em treze princípios, dentre os quais se destacam a ética, a cidadania e a responsabilidade social.

A FAJECE e a AJE QUIXADÁ têm a satisfação e a honra de convidá-lo, à solenidade de posse da nova coordenação da AJE Quixadá, num evento que será realizado dia 18 de Março (quarta-feira), às 19hs, no auditório da CDL, em Quixadá.

Na oportunidade será proferida palestra pelo Economista e Consultor Empresarial Roberto Matoso (Secretário Estadual do Trabalho e Empreendedorismo do Estado do Ceará no período de 2003 a 2006) e pelo Empresário Eduardo Diogo (Fundador da Federação das Associações dos Jovens Empresários do Ceará e da Confederação Nacional dos Jovens Empresários - CONAJE).

A presença de vossa excelência muito honrará a todos que fazem o Movimento de Jovens Empresários do Ceará e, em especial, a todos aqueles que fazem o Movimento na Região.

Carlos Irineu Costa Reginaldo Barbosa
Coordenador Geral da FAJECE Coordenador Geral AJE Quixadá

ABORTO EM RECIFE: O VATICANO CONDENA A EXCOMUNHÃO

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POLÊMICA

14/03/2009 - 15h44
Em artigo, Vaticano critica excomunhão de envolvidos em aborto em menina brasileira

CIDADE DO VATICANO, 14 MAR (ANSA) - O Vaticano afirmou que antes de pensar na excomunhão dos envolvidos no aborto feito na garota brasileira de 9 anos que ficou grávida de gêmeos após ser violentada pelo padrasto, "seria necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente".

Antes de pensar em excomunhões seria necessário e urgente salvaguardar sua vida inocente, devolvendo a ela um nível de humanidade", disse o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Salvatore Rino Fisichella, em artigo publicado pelo jornal vaticano
L'Osservatore Romano com data de domingo, 15/3.
As declarações de Fisichella contrastam com a decisão do arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, que dias após o aborto da menina anunciou a excomunhão de sua mãe, dos médicos e dos integrantes de ONG's envolvidos no caso."A terrível historia da violência cotidiana" da qual a menina foi vitima, sofrendo abusos frequentes por parte de seu padrasto, "teria passado despercebida com a intervenção do bispo", observa o presidente da Pontifícia Academia para a Vida.Para o representante do Vaticano, a menina brasileira "deveria ter sido defendida antes de tudo", mas "não foi feito isto, lamentavelmente, prejudicando a credibilidade de nossas instruções que, para muitos, parecem marcadas por insensibilidade, incompreensão e falta de misericórdia".

A criança, admite o prelado no artigo, "levava dentro de si outras vidas, tão inocentes quanto a sua, embora frutos da violência, e que foram suprimidas, mas isso não era suficiente para fazer um julgamento que pesa como um machado".
O caso da menina ganhou destaque na mídia internacional, em meio a protestos contra a decisão de Dom José. A repercussão se tornou ainda maior pela postura da Igreja Católica em um Estado laico, interferindo diretamente nas decisões judiciais, e porque o padrasto, acusado de violentar a menina de 9 anos e sua irmã, de 14, não foi excomungado.

No fim de semana passado, comunidades eclesiais de base italianas afirmaram que a decisão do arcebispo brasileiro demonstram, "mais uma vez, o sentido de distanciamento radical entre a 'Igreja do Poder' e os dramas humanos".Em uma nota emitida na ocasião, as comunidades também criticaram o Vaticano por sua postura, afirmando que a Santa Sé teria apoiado a postura de Dom José.

LEIA A MATÉRIA NA ÍNTEGRA CLICANDO NO LOGO DA FOLHA ON LINE NA PARTE SUPERIOR DA POSTAGEM.

O CALVÁRIO DE DAVID CAPISTRANO: EPÍLOGO

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"OS SERES HUMANOS SÃO DEMASIADO IMPORTANTES PARA SEREM TRATADOS COMO SINTOMAS DO PASSADO" (Giles Lytton Strachey - 1880 — 1932 biógrafo, crítico literário e escritor britânico).

Conhecemos pessoalmente David Capistrano no tenebroso ano de 1974, na sucursal do inferno, o famigerado DOI-CODI de São Paulo, sucedâneo da antiga OPERAÇÂO BANDEIRANTES, o pioneiro centro de torturas do governador Abreu Sodré, um dos esteios da ditadura militar. - Nos subterrâneos da esquerda David sempre foi uma legenda. Todos nós já havíamos ouvido falar sobre ele.
Pois bem, querer lembrar o dia ou o mês em que ele chegou até aquele antro de atrocidades é uma missão impossível. Depois de algum tempo alí perdíamos a noção do tempo. Em algumas áreas sabíamos se era dia ou noite. Em outras onde não havia janelas só portas de ferro, a luz acesa permanentemente não nos permitia saber se era dia ou noite e aí não dava para acompanhar a seqüência da semana e nem do mês.
Voltemos ao Davi. É certo que ele chegou acompanhado de uma sra. que nos pareceu ser sua companheira mas, não temos essa certeza. Por alguns instantes tivemos a oportunidade de ver-lhe o rosto. Na época tinha pouco mais de 60 anos. Era um pouco calvo. Tinha estatura mediana. Um pouco gordo lembrando o tipo físico de seus irmãos que anos depois conhecemos em Quixadá. Vestia um terno marron de riscas brancas discretas.
Da sua companheira, não temos a descrição tão completa mas, poderíamos reconhecê-la ainda hoje em fotos daquela época. Era também de meia-estatura e um pouco gorda. Não fixamos pormenores de sua indumentária.

Quando chegaram ao DOI-CODI foram submetidos a interrogatório e, nos primeiros momentos, nos pareceram bastante saudáveis.
Soubemos de seu nome através de um dos carcereiros e a partir de então passamos a nos preocupar com a sua integridade física. David Capistrano, a grande legenda da esquerda brasileira, estava alí perto de nós, correndo riscos!

Naquela época éramos o hóspede solitário da suite X-1, vizinho à X-0 (X-zero) uma cela escura, estreita, onde eram atirados os "mal comportados".

David e sua companheira não ficaram em celas. Ficaram no meio do páteo, ao relento. Quantos dias? Não podemos precisar. Uma semana, talvez. Ficavam de capuz preto para não serem identificados pelos outros "hóspedes" daquele cinco estrelas do terror. Quando eram retirados para o interrogatório, a porta de ferro a prova de som que separava o pátio das salas de tortura era fechada. O rádio tocava músicas em volume muito alto para abafar os gritos dos interrogados.

Depois eles voltavam. Cada vez mais abatidos. Durante sua permanência de pé, nunca vi nenhum dos dois cair de cansaço. Sua resistência física era impressionante. Sua alimentação se resumia a uma ou duas colheres de arroz e uns dois de água. A ração era ministrada pelo carcereiro em intervalos regulares para mantê-los. Isso era o que presenciávamos dia e noite. Aquela semana parecia não ter fim.

Aconteceu o inesperado. Um carcereiro, soldado PM, que atendia pelo codinome de DEZ (isso mesmo) mostrou-se penalizado e manifestou sua preocupação com David e sua companheira. Solicitamos então que ele levasse para os dois maçãs que tinhamos na "suíte" para mininimizar-lhes a fome. Ele falou que era arriscado e não podia ser flagrado. Correria um risco enorme de ser punido severamente.

Pedimos que fechasse os olhos e nós assumiríamos o risco. Ele sairia do cenário e ficaria de longe pastorando a abertura da porta. Avisamos em voz baixa ao David. Descascamos 2 maçãs, embrulhamos em gardanapos e jogamos nos pés de David. Uma delas ele entregou para a companheira. A outra comeu com sofreguidão. Os guardanapos ele jogava no chão e o DEZ recolhia. Não podíamos deixar pistas. Mas, o DEZ só tirava plantão a cada 72 horas. Aproveitávamos para alimentar os dois no seu plantão. Depois o carcereiro Casadei (parece ser nome real) que era dividido mas, sempre cuidava bem da alimentação dos hóspedes, porque era viciado em buraco (baralho) e de madrugada entrava nas celas para jogar com os presos, resolveu colaborar também. A outra face é que ele ajudava na tortura. Diziam que era motorista da PM e sofria problemas do coração. Mas, tinha alguns gestos humanos. Dava banho de sol para todos. Os demais carcereiros (Gabriel, Pedro ou Toninho e o Shibuia - japonês) eram medrosos. Havia ainda o Lunga, carioca, agente federal que liberava o banho de sol e o Michura (japonês) de uma grande sensibilidade que às vezes perguntava se nós estávamos tristes e dizia: vamos cantar. E, conosco, cantava a Asa Branca, o hino Nacional da Nação Nordestina, segundo Ivanildo Villanova.

A cada dia o casal definhava por conta da dieta compulsória. Era uma tática que a repressão usava para quebrar a resistência. Percebemos um dia que a manga do braço esquerdo do paletó marron de David estava manchada de sangue. Ele a sua parceira de infortúnio jamais se queixaram. Em uma única manifestação deixou patente sua convicção de vitória e nos agradeceu o apoio.

Vimos na hora em que os dois sairam do DOI-CODI. É possível que tenhamos sido os últimos presos políticos a ver os dois com vida e, embora maltratados, ainda "inteiros", pelo menos aparentemente.

A repressão estava inconformada. Frustrada. Nada conseguira arrancar dos dois militantes. No máximo teriam assumido a condição de militantes e a sua convicção na justeza de sua causa.
Os esbirros da ditaduram estavam derrotados por dois presos indefesos cujas armas eram apenas a estatura moral, a dignidade e a coerência.
Do ponto de vista deles nada mais havia a fazer. Não sabemos exatamente o que foi feito da companheira de David. Nem mesmo se era sua companheira na acepção do termo.
O que aconteceu com David a partir da sua saída do DOI-CODI de São Paulo?
Não sabemos o seu exato percurso. Sabemos por leitura do livro Sem Vestígios, já mencionado no blog, que o seu destino final foi um sítio de Petrópolis onde foi barbaramente supliciado e trucidado da forma mais hediona inimaginável. O livro relata a crueza do extermínio de David Capistrano de fazer inveja a todos os carrascos da Alemanha nazista.
Ao ler o livro experimentamos alguns dias de muita revolta e até depressão. Vamos poupar seus parentes das minudências. Seria mais sofrimento ainda. Ademais o blog não é o local adequado para expor tanta crueldade. Fugiria ao seu caráter pedagógio.
Só aconselhamos a leitura do livro a quem tiver o coração muito forte. Ele se baseia no depoimento de um agente que presenciou o desfecho do calvário de David Capistrano.

Fizemos aqui a nossa parte. As informações que faltam serão objeto de trabalho de historiadores e até a comprovação daquilo que aqui foi relatado.

David Capistrano jamais praticou ou pregou a violência. Apenas sonhou com um Brasil e um mundo melhor, mais justo.

Na nossa convicção DAVID CAPISTRANO É UM MARTIR E UNS DOS MAIORES HEROIS DA LUTA CONTRA A CRUELDADE DA SANGUINÁRIA DITADURA QUE INFELICITOU O BRASIL AO LONGO DE 21 ANOS.

QUIXADAENSE RECEBE TÍTULO DE ÁRBITRO INTERNACIONAL DE XADREZ

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FIDE concede título ao árbitro cearense Fernando A. Lessa

Fernando Alves, presidente da Federação Cearense de Xadrez e árbitro cearense recebeu t´título de árbitro internacional da Federação Internacional de Xadrez. Veja ao que disse Fernando quando da sua emoção pelo agraciamento:


Hoje me reporto aos amigos enxadristas para divulgar uma noticia que me trouxe muita alegria. A recompensa pela dedicação de doze anos ao oficio da arbitragem enxadrística. Nesta data (10 de março de 2009) foi divulgada a aprovação do meu título de FIDE Arbiter, pela World Chess Federation. A homologação se deu no 1st Quarter Presidential Board 2009 (Istanbul, Turkey), ocorrido de 5 a 8 de março último.Esse título representa muito para mim. Certamente também é muito importante para o Estado do Ceará ter um árbitro credenciado pela instituição maior do xadrez mundial e sinto-me honrado em poder contribuir para isso. Aliás, em se tratando de Nordeste, nós só temos Joaquim Rubens da Cunha (International Arbiter), no Rio Grande do Norte e Alfredo Sangiorgi (International Arbiter), no Maranhão.O título é sem dúvida a coração de anos de dedicação e como sempre foi, agora mais ainda, me dedicarei a que outros tenham também essa oportunidade. Oportunidade que tive porque alguns abnegados contribuíram na minha formação e aqui gostaria de fazer referência ao árbitro internacional Antônio Bento de Araújo Lima Filho que teve expressiva participação no meu aprendizado, muito embora só tenhamos nos encontrado pessoalmente uma vez na vida, mas através das inúmeras conversas aprendi a respeitá-lo como Mestre. A propósito, Bento que já faz parte do Arbiter's Council, foi nomeado membro da Qualification Commission. Essa indicação é sem dúvida motivo de grande honra e orgulho para o enxadrismo brasileiro. É isso aí Mestre, parabéns para nós. Com nossos familiares e amigos comemoremos mais essa conquista.


Fonte

DIA INTERNACIONAL DA MULHER: A HISTÓRIA, AS VERSÕES.

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Antecipamos aqui as merecidas homenagens por conta da comemoração do DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Lembremos como esta data foi escolhida. Ela lembra uma grande manifestação de trabalhadoras ocorrida nos Estados Unidos.
Há várias versões para a escolha da data comemorativa do Dia Internacional da Mulher. Segundo a primeira versão, narrada no site Sua Pesquisa.com , no Dia 8 de março de 1857, operárias da fábrica de tecidos Triangle Shirtwaist, situada em de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano
.
A outra versão está contida na Wikipedia. A ideia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.
Os protestos ocorreram realmente em 8 de março de 1857. No entanto, o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas.
Há ainda quem assevere, segundo a Wikipédia, que o incêndio na fábrica não causou vítimas embora nenhuma das versões tente negá-lo. Ele é classificado como o pior incêndio da história de Nova Iorque.
Eis aí um grande desafio para os senhores historiadores.
O fato é que, independente desse holocausto, as mulheres foram, e continuam sendo, protagonistas de grandes lutas em defesa dos seus direitos fundamentais como trabalhadoras tais como redução da jornada de trabalho, melhoria das condições de trabalho, salários mais justos, o voto feminino, etc.
As mulheres merecem nosso carinho, nossa estima, nossa admiração, nosso respeito e nossa gratidão. Parabéns mulheres de todos os tempos, de todos os rincões, de todas as lutas e de todas as conquistas.

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA

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MENINA DE 9 ANOS ESTUPRADA POR PADRASTO, GRÁVIDA DE GÊMEOS É SUBMETIDA A ABORTO.

Vimos toda a imprensa divulgar o caso da criança de 9 anos estuprada pelo padrasto e que estava grávida de gêmeos. A criança foi submetida a um aborto.

Na legislação brasileira o aborto é crime, porém exclui dessa ilicitude em caso de estupro. Ademais neste ocorrido, a criança ainda corria risco de vida por não ter seus órgãos totalmente formados. O criminoso preso quando se preparava para fugir confessou o crime e disse abusar também da irmã da vítima de 14 anos que tem deficiência física.

A Igreja Católica foi contra o aborto, condenou a atitude de quem autorizou e de quem praticou o aborto com a pena eclesiástica da excomunhão (pena eclesiástica que exclui o indivíduo do grêmio dos fiéis, privando-o do gozo de todos ou de alguns bens espirituais). Para o bispo de Olinda deve-se sempre procurar salvar vidas. O interessante é que o criminoso nem sequer foi citado pela cúpula da Igreja..

Pergunta-se:
- No caso em questão, não foi a preservação de uma vida, a da criança que corria o risco de morrer?

Para suscitar o debate de um tema tão importante e polêmico, participe fazendo seu comentário, e respondendo a enquête.

MEDALHA RACHEL DE QUEIROZ

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HUMORISTA CHICO ANYSIO E O PRODUTOR DE CINEMA CLÉBIO RIBEIRO FORAM HOMENAGEADOS NA CIDADE DE QUIXADÁ.

Numa sessão solene da Câmara Municipal de Quixadá Chico Anysui e Clebio Ribeiro foram homenageados com a Medalha Rachel de Queiroz. Esta comenda agracia personalidades por sua contribuição no campo artístico/cultural.

A solenidade aconteceu neste 04 de março ni aydutório da Câmara Municipal e contou com a presença de políticos, empresários, educadores e a população em geral.

Com o auditório lotado, o artista quixadaense Adriano Vidal, com seu personagem “Veio Didi” homenageou o mestre do humor interpretando alguns personagens de Chico Anysio, fazendo todos ao riso e emocionando à platéia com suas palavras ao final. (Na foto ao lado Chico aplaude Adiano).

Chico Anysio como sempre cômico parabenizou Adriano e ao final disse: “depois quero falar com você”. O públicou considerando aquelas palavras uma aprovação do professor, aplaudiu fervorosamente.

Em suas palavras Chico Anysio disse que aquela era uma homenagem muito especial por ter sido Rachel de Queiroz uma das suas melhores amigas e ser agraciado na cidade dela com uma medalha que leva o nome dela estava sendo muito emocionante.

O humorista está na cidade de Quixadá por conta das gravações do filme “O Auto da Camisinha”, dirigido por Clébio Ribeiro que não compareceu ao evento por está no set de filmagens e ter um prazo a cumprir, e foi representado por sua irmã Claudia Ribeiro.

Fotos de:
Edgardo Moraes
emofilmes@bol.com.br

LEI DA MORDAÇA

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TV DIÁRIO: A VOZ NORDESTINA CALADA.
Desde 25 de fevereiro a TV Diário, emissora do grupo Verdes Mares de Comunicação que detém os direitos de retransmissão da TV Globo no Ceará está parcialmente fora do alcance da grande maioria de seus telespectadores. É que desde então seu sinal via satélite que é transmitido através de parabólicas saiu do ar.

Não se sabe ao certo qual o verdadeiro motivo deste fato, porém, a hipótese mais provável é que a Rede Globo tenha exigido da emissora cearense a retirada de seu sinal das parabólicas em virtude de alguns espaços que a “toda poderosa” vinha perdendo em algumas regiões deste imenso Brasil, inclusive com a ameaça de não renovação do contrato com a TV Verdes Mares.

Esta questão ganha um reforço muito grande pela notícia divulgada no site www.midiaindependente.org/, de que a TV Diário em uma reunião com o seu quadro de funcionários onde “o assunto da pauta: a pressão que a Rede Globo vem fazendo contra o Sistema Verdes Mares de Comunicação para que a TV Diário deixe de transmitir sua programação pelo satélite. A reclamação é antiga e a Globo observou que vem perdendo audiência para a emissora cearense em vários nichos de mercado do País.”
No site “Vi o mundo” do jornalista Luiz Carlos Azenha foi postada uma nota divulgada pela reportagem de “O Estado”, que teria sido emitida pela emissora global com o seguinte texto, leia e comece a tirar suas conclusões:
"TV Globo, como cabeça da Rede Globo, formada por 121 emissoras procura harmonizar os sinais de VHF e UHF de forma que estas fiquem circunscritas a seus territórios de cobertura. Desta forma, em busca de uma harmonia entre todas e pelo respeito recíproco aos interesses, a atuação da TV Diário estará restrita a seu território de cobertura, não sendo mais captada em territórios de outras afiliadas. Seu sinal permanecerá no satélite, cobrindo o Estado do Ceará, porém, codificado".
É de se estranhar que os grandes veículos de comunicação, com raríssimas exceções calaram-se diante desta grave e repugnante ameaça aos direitos fundamentais da população brasileira (da livre expressão, do livre acesso à informação, etc). Felizmente no mundo onde as distâncias foram encurtadas pela internet os blogs independentes e compromissados com a verdade existem para divulgar e chamar a atenção para o que realmente está acontecendo.
Diante dos acontecimentos é de se estranhar também o comportamento da TV Diário que deveria no mínimo ter comunicado aos seus telespectadores que sairia do ar, mesmo que sem divulgar os detalhes de tal atitude. Assim para uma emissora de TV que vive da comunicação e do seu público, negar esta informação é uma tremenda falta d respeito e consideração para aqueles ajudaram a fazer e a crescer este meio de comunicação, ao ponto de assustar a terceira maior empresa de televisão do mundo e a maior do Brasil.
“O jornalista Tom Barros, apresentador da emissora, expôs sua indignação no Programa Paulo Oliveira veiculado na Rádio Verde Mares. A declaração, publicada pelo blog Gente da Mídia, do jornalista Nonato Albuquerque, ressaltava que o talento nordestino jamais será abalado. “A competência jamais será destruída por um desejo de um grupo. Nós estamos preparados, para outra vez, levar ao País inteiro o que é nossa gente, o que é nosso povo, e não vamos nos quedar diante dos brutos e dos poderosos”, desabafou o comunicador.”



Movimentos estão sendo difundidos contra este acontecimento. Um deles é o do site RASTREADORES DE IMPUREZAS (rastreadoresdeimpurezas.blogspot.com) que propõe um BOICOTE A TV GLOBO. Veja o conteúdo:
Em virtude do último golpe ditatorial da Rede Globo oprimindo ainda mais o povo brasileiro, e deixando de fora do ar a voz que vinha do Nordeste brasileiro (a TV Diário), é que no próximo dia 13 de março foi marcado como o dia Nacional do Boicote a Rede Globo.A TV Diário era muito maior do que uma simples emissora de televisão. A TV do Nordeste era o único meio que realmente os nordestinos se viam na TV, ausente de estereótipos fabricados por diretores preconceituosos sulistas, que diante o seu analfabetismo da ignorância geográfica, sempre trataram o Nordeste na TV com desprezo, chutes e ponta pés. Defecavam e nem davam a descarga, esnobavam e dava chicoteadas a toda aparição do Nordeste na TV Globo ou outra emissora de diretores e centrais de jornalismo afins, sem deter a mínima percepção necessária para se falar da maneira correta do Nordeste por inteiro. É por isso, que nunca no Brasil se presenciou um sentimento tão grande de revolta envolvendo o público televisivo e uma rede de televisão.Com o advento da Internet fica fácil as pessoas, que se sentiram prejudicadas com algum evento televisivo, organizarem-se e orquestrarem de um só momento ações inéditas, que seria impossível há algum tempo atrás. O Boicote a Rede Globo sempre existiu. Uma vez por outra acontece um. Constantemente ocorre quando a Globo mostra as suas garras e faz campanha difamatória contra algum político da “esquerda” ou tenta escandalizar algo de acordo com seus malévolos interesses. No entanto, esta campanha vista há alguns dias ganha uma dimensão maior porque penetra no mesmo poder de sedução das lentes, das câmaras, da transmissão, da TV. O Boicote agora é induzido pelo ato de estupidez agressiva no ápice do egoísmo global. É publico de TV versus o direito de poder assistir a TV. É a censura imposta que ganhou dimensão instantânea como o ao vivo da TV.O dia 13 de março de 2009 é um marco inicial que irá representar todo o repúdio, o ódio, a revolta, o protesto dos milhões de telespectadores da TV do Nordeste (adicionado aos milhares de inimigos globais), contra o apagar das luzes, a força, e sobre exageradas doses de pressões, tortura psicológica e algo a mais, que a Globo e os Marinhos criminosos se utilizaram para destruir a concorrência. O grupo de comunicação do sudeste nunca imaginava que haveria uma onda de reações em cadeia que aperfeiçoaria em astuciosos Boicotes, em ousados protestos e em surpreendentes manifestações de ruas ou na frente das sedes das emissoras.
O grupo criminoso que detém a poderosa Rede Globo de televisão já deve estar temendo um mal maior. Fará tudo para acalmar os ânimos e deixar mais um golpe cair no esquecimento da nação. Ache bom ou ache ruim, dia 13 é desligar democraticamente a TV globo, é isto!

PEÇA TEATRAL VIRA FILME

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CINEASTA CLÉBIO RIBEIRO LEVA PARA AS TELAS DO CINEMA A PEÇA ADAPTADA “O AUTO DA CAMISINHA”, COM FILMAGENS NA CIDADE DE QUIXADÁ.
Para quem nunca duvidou do talento de Clébio Ribeiro é uma satisfação divulgar sua nova produção cinematográfica.

Depois de “O Casamento” e alguns curtas, Clebio Ribeiro realizará no mês de março na Terra dos Monólitos as filmagens do “O AUTO DA CAMISINHA”.

É uma adaptação da peça teatral de José Mapurunga, um texto em cordel que teve montagens realizadas em Brasília, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Somente no Ceará, a peça foi encenada por mais de 10 grupos teatrais. Agora com um elenco com nomes como Chico Anysio, Gero Camilo e Carri Costa, “O AUTO DA CAMISINHA” promete repetir nas telas de cinema o mesmo sucesso que teve nos palcos do Brasil.

Com um orçamento de R$ 458 mil, a produção foi contemplada no 1º Edital Mecenas do Ceará da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT), em 2008. Conta com a parceria da Associação de Cinema e Vídeo de Quixadá (ACVQ) e do Instituto de Saúde e Desenvolvimento Social (ISDS).

“O AUTO DA CAMISINHA” será exibido de forma gratuita nas salas do circuito comercial de cinema de Fortaleza. Fato inédito no Ceará. A exibição da película em shoppings garantirá a popularização da obra. Segundo Clébio Ribeiro, o filme irá conquistar o público por ser uma comédia, com várias cenas divertidas, mas que transmitirá de forma lúdica uma mensagem de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), sem fazer uso de estereótipos.

A previsão é que as filmagens em Quixadá durem no máximo 20 dias. O filme terá sua primeira exibição marcada para o mês de setembro, durante o encontro da Câmara do Comércio de Portugal, em Fortaleza. Mas a estréia em circuito nacional e internacional acontecerá no dia 1º de Dezembro – Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Ele entrará simultaneamente em Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife, Salvador, Belo Horizonte e em Cabo Verde, na África, onde será exibido em rede nacional pela TV Nacional de Cabo Verde. Contatos para entrevista com diretor e elenco: ascom.oautodacamisinha@hotmail.com
Ascom: Leônidas Macêdo Neto (Mtb/JP: 2240-Ce).BÚSSOLA – Assessoria & Comunicação.

DO CADERNO 3 DO DIÁRIO DO NORDESTE
Baseado na peça teatral de José Mapurunga, o filme “O Auto da Camisinha”, dirigido por Clébio Ribeiro, conta a história de Juatama, cidade que está prestes a receber o importante título de Patrimônio Folclórico. Para saber se o lugar merece realmente a nomeação, é enviado para lá uma grande autoridade chamada de o “Quarto Besouro”.
Receosos com a chegada do ilustre visitante, uma comitiva composta pelos principais representates da cidade (prefeito, padre, delegado, comerciantes, entre outros), organizam uma série de manifestações populares e , claro, elaboram um plano “escabroso”: dar a chave da cidade ao “Quarto Besouro” e fazê-lo se apaixonar por Lionor, a mulher mais bela de Juatama. A trama também é constituída pela encenação da própria peça “O Auto da Camisinha”, implicando numa metalinguagem que se funde e dar os contornos ao filme.


De acordo com Clébio Ribeiro, o filme pretende conquistar o público por ser uma comédia, com várias cenas divertidas, que transmitirá de forma lúdica, sem didatismos ou matizes fatalistas, uma mensagem de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). “O filme não é uma campanha didática, é uma comédia que valoriza a linguagem e a sabedoria popular, que informa as pessoas com humor. É uma alegria reflexiva sobre os cuidados que devemos ter com a saúde”, explica.


Outro destaque do filme é a utilização de desenhos animados que se mesclarão com a atuação dos atores. “Este é um elemento que inova o filme. Cada animação que aparece será transformada em realidade. Não são fragmentos de desenhos intercalando a história, mas uma fusão do animado ao real”, ressalta o diretor.


“O Auto da Camisinha” traz um elenco de peso com nomes como Chico Anysio, Gero Camilo (“Cidade de Deus”, “Carandiru” e “Bicho de 7 Cabeças”) e Carri Costa. Conta também com a participação especial do artista plástico Sérvulo Esmeraldo, no papel de um comerciante rico, e da pesquisadora Dodora Guimarães, que interpretará uma ex-miss. O filme, que será rodado em 35mm, tem como cenário a cidade de Quixadá.

Fontes:
Blog do Cristiano e Diário do Nordeste

Futo no início da equipe de filmagens (DN)

A VESTAL DO SUPREMO: GILMAR MENDES O PALADINO DA INCOERÊNCIA.

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Ilicitude em abstrato
"Por que o presidente do Supremo não diz nada sobre o financiamento público para fazendeiros e entidades ruralistas que mantêm trabalhadores em regime de escravidão, grilam terras públicas, desmatam e poluem o ambiente – ainda assassinam de freiras até fiscais do trabalho? Acho que Gilmar Mendes deveria ficar calado e pronunciar-se apenas nos autos de processos." (João Humberto Venturini).

Tem bastante significado o questionamento do leitor de Piracicaba na Folha de São Paulo deste sábado (28). É que o ministro falastrão vem mostrando crescente entusiasmo com os holofotes da mídia e tenta se arvorar em porta-voz da oposição ao governo Lula, assumindo uma tarefa que lamentavelmente foi desmoralizada pelo demo-tucanato e pela equivocada inclinação política da mídia brasileira.

A grande mídia tenta mostrar um Gilmar com a estatura de árbitro das grandes questões nacionais, logo ele que não consegue passar de um juiz provincial de boca torta, pelo vício do cachimbo de falcatruas quando servia ao governo FHC, amplamente denunciadas pelo professor Dalmo Dallari. Naquele tempo, dava os “jeitinhos”, recursos que ainda usa hoje, pelo que foi advertido por seu colega, ministro Joaquim Barbosa.

Ao condenar como “ilegal” o repasse de verbas públicas a entidades ligadas à reforma agrária, por suposto financiamento de ocupações de terras socialmente improdutivas ou griladas, o ministro Mendes deveria também condenar o grande despejo de verbas públicas, do INCRA, do FNDE e do MTE, para as entidades (OCB e SRB) ligadas aos grandes produtores rurais e à Confederação Nacional da Agricultura.

Os movimentos sociais acusam essas entidades de financiarem, com dinheiro público, a defesa do regime de escravidão no campo, grilagens de terras públicas, abrangendo agressões ao meio ambiente e assassinatos e ameaças a agentes governamentais e lideranças comunitárias ligadas à reforma agrária, fatos que vêm ocorrendo com preocupante freqüência. Violência inspirada na Ku klux klan dos anos 60 nos EUA.

Mas a grande mídia – como Gilmar – somente vê violência na ocupação das terras, que por conveniência omite o fato de serem griladas ou socialmente improdutivas. Chamam os grileiros de “fazendeiros” ou “arrozeiros”, e seus capangas de “seguranças”. Os trabalhadores sem-terra são invariavelmente taxados de “arruaceiros”, por exibirem instrumentos de trabalho, foice, enxada, pá, em suas manifestações.

Razões sobram ao ministro Paulo Vannuchi (Correio Braziliense deste sábado, 28) que viu com preocupações o "convencimento equivocado" do presidente do Supremo sobre um movimento social como o MST. “Em tese, ele (Mendes) será chamado a proferir sentença neste tema”. E quem vai julgar não pode ter convencimento prévio e público da matéria. Qualquer juiz de aldeia sabe disso. Só não sabe Gilmar.

Autor: H.S.Liberal


Comentário nosso: Não seria mais oportuno o boquirroto ministro tratar de arrumar melhor sua própria casa, o STF? Juiz deve manifestar publicamente sobre suas opções preferenciais pela direita e pelo retorno do passado ou então antecipar, pela imprensa, seu voto (como no caso de condenar o uso de algemas para bandidos do colarinho branco)?

BBB

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OS HERÓIS DO PEDRO BIAL
Por Washington Araújo em 23/2/2009

"Triste do povo que precisa de heróis" (Bertold Brecht)
Existem heróis e heróis. Se existe algo que me irrita profundamente é o jeito sem cerimônias com que o mestre-de-cerimônia do Big Brother Brasil saúda aquela penca de jovens – mais um ou dois da terceira idade – confinados na casa montada pela TV Globo no Rio de Janeiro: "Boa noite, meus heróis!" De tanto usada, a frase virou bordão do BBB. Seu autor? O jornalista e dublê de guru do programa, Pedro Bial.

Ora, o que há de heroísmo em um programa que, longe de agregar conhecimento, é um poço de futilidades onde quanto mais se escava mais há para se escavar? 15 ou 16 pessoas vendendo sua intimidade, seus pensamentos e corpos, hábitos e sotaques, expondo-se ao ridículo em centenas de situações, muitas destas de gosto profundamente duvidoso, tudo em troca de prêmios avulsos ou do prêmio maior de R$ 1.000.000.00. Repito, o que há de heroísmo nisso? A ver os números do Ibope, o programa é quase uma coqueluche nacional. Revistas, jornais e sites dedicam ampla cobertura ao que ocorre dentro da casa. Cria-se um frenesi, arma-se uma curiosidade em larga escala, como se os destinos do povo brasileiro dependessem deste ou daquele que irá continuar ou sair da casa.

Os inimigos no poder midiático
Durante alguns anos, participei, em Brasília, de um colegiado que tratava da qualidade dos programas da televisão aberta. O nome já dizia tudo: "Campanha contra a Baixaria na TV". O slogan era ainda mais claro: "Quem financia a baixaria é contra a cidadania." Desde aquela época, tinha por dever de ofício que ver e depois rascunhas duas laudas com comentários sobre dois programas de TV em horário nobre – no caso, a novela das 8 e o Big Brother Brasil, ambos na grade de programação regular da Rede Globo. Desde o ano passado, não tenho tido mais tempo para participar dessa atividade, mas, de qualquer forma, vez por outra me pego anotando situações, frases, contextos, cenas tanto de um quanto de outro desses programas.
Hoje, comecei este texto pensando: o que mais me incomoda no BBB, já em sua nona edição consecutiva neste 2009? Foi quando as luzes se acenderam e pude ouvir no subtexto do pensamento a entusiástica saudação: "Boa noite, meus heróis!" E me incomoda porque sei muito bem que os confinados no esquema global podem ser qualquer outra coisa menos heróis. Pode-se até elastificar o vocábulo, o termo, mas é forçar muito a mão (e a paciência) querer que essas criaturas quase acéfalas, em um festival de gestos sensuais, sejam apresentadas ao Brasil em horários nobre, sete vezes por semana, como "nossos" heróis!

E só há um jeito para se contrapor a isso. Só existe uma maneira de separar o joio do trigo. É comparando o grupo do BBB com minha galeria, não muito extensa, dos heróis que vêm marcando minha vida. E meus heróis, ao contrário de Cazuza, não morreram todos de overdose, mas, com alguma certeza, meus inimigos estão no poder. No poder midiático, pelo menos. Meus heróis têm nome, sobrenome e deram um sentido às suas vidas e, por extensão, deram um alento à minha e a outras gerações. Penso em alguns.
Um terço da vida na prisão

Começo com o russo Alexander Soljenitsin. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1970 e conhecido por suas ferozes críticas ao regime soviético – em especial às prisões e aos campos de trabalhos forçados em que eram confinados os dissidentes, denunciados em sua célebre obra Arquipélago Gulag. Este foi um herói. Todos se referem ao divisor de águas que foi a derrubada do muro de Berlim em 1989. Mas não esqueçamos que as primeiras pedras começaram a cair quando o Ocidente passou a conhecer o pensamento sem fronteiras do autor de Um dia na vida de Ivan Denisovich.

E que dizer daquela mulher franzina, raquítica, enrugadinha e muito encurvada, lembrando o deus Atlas a carregar sobre os frágeis ombros o peso do mundo? Sim, refiro-me a Madre Teresa de Calcutá, grande heroína do século 20, como, aliás, ficou bem afirmado durante a solenidade da sua beatificação. Madre Teresa deu a sua vida pelos mais pobres dos pobres. Escolheu como indumentária o sari das mulheres paupérrimas da Índia. No seu dia-a-dia, partilhava a vida com os doentes em fase terminal. Nunca perguntou se as doenças eram contagiosas ou não. Nunca lhe vimos uma luva nem uma máscara.

Penso no sul-africano Nelson Mandela, que passou 30 anos – mais que um terço de sua vida – preso nos calabouços das prisões sul-africanas por se opor ao regime do apartheid. Mandela sabia estar diante de uma das mais terríveis iniqüidades que um ser humano poderia cometer contra um seu semelhante: a superioridade afirmada de forma violenta com base na cor da pele. Quem, senão a coragem, pode acalentar um homem preso durante três décadas? Kofi Annan, sobre ele escreveu: "Se estivermos à altura de uma pequena parte do que Mandela é, o mundo será um lugar melhor."

Uma fisgada de emoção
Outro que não me sai da cabeça é o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Um herói em toda a extensão do termo. Morreu a serviço da paz, naquele que foi o primeiro atentado terrorista na história do mundo contra um representante da ONU em terreno de guerra e em missão de paz. Em setembro de 2003, poucos dias após sua morte em Bagdá, tive a emoção de presidir a solenidade de entrega do Prêmio Cidadania Mundial, post-mortem, à sua mãe, dona Gilda Vieira de Mello. O brasileiro foi homenageado com um busto instalado em frente ao escritório do Alto Comissariado para Direitos Humanos em Genebra, Suíça, como reconhecimento a todos os que perderam a vida no Iraque e aos mais de 30 anos de trabalho que Sérgio Vieira de Melo prestou às Nações Unidas. Com certeza, o brasileiro foi o herói que incorporou como poucos valores sociais como a paz, e é a representação máxima do herói contemporâneo.
Reconheço, meio a contragosto, que todos os heróis são espelhos do mundo e da sociedade em que vivem. Os heróis do Bial espelham o mundo da futilidade, o hedonismo, o império dos sentidos humanos, a interação quase total entre os espaços público e privado. Meus heróis espelham o mundo dos ideais, dos valores humanos, do desprendimento e do amor à espécie humana. Os heróis de Bial lutam pelo prêmio financeiro e pelas conseqüências advindas de contratos pecuniários no mundo artístico. Meus heróis lutaram por aquilo em que acreditavam e sua recompensa era tão somente o sentimento de possuírem consciências tranqüilas, tanto que o mito do herói não foi por eles desfrutado: morreram em si para darem vida ao herói que neles subsistia.

A diferença maior entre uns e outros é que os heróis de Bial trazem consigo a fraca luminosidade dos vagalumes em sua existências efêmeras. Já os meus heróis trazem consigo sóis e luas. Finalmente, posso afirmar com total certeza: dos meus heróis, sinto uma fisgada de emoção quando deles meu pensamento se ocupa. Já dos outros… quem pode dizer algo?

Comentário do Blog: Para completar os Faustão leva os eliminados pata um debate altamente produtivo. Isso é Brasil.