QUERIDOS AMIGOS E QUERIDAS AMIGAS
Hoje vamos fazer o resgate de uma personalidade extraordinária IIda história recente do Brasil covardemente torturada e assassinada aos 25 anos pelos esbirros da ditadura sanguinária que, ao longo de vinte e um anos, manchou de sangue e de vergonha a nossa pátria e escreveu as páginas mais negras de nossa história.
Estamos repercurtindo em O TORTO notícia da Folha on Line sobre a identificação dos restos mortais de Bergson Gurjão de Farias (foto) nosso colega no curso de Química da UFC onde convivemos nos anos de 1966 e 1967. Todos nós, das turmas de Engenharia Química, Química Industrial e Química Bacharelado de 1966, tivemos o privilégio de conviver com um colega defensor das grandes bandeiras da Universidade, do ensino superior gratuito e de qualidade, da luta contra a opressão da ditadura, da liberdade e dos direitos humanos.
Nasceu em 17 de maio de 1947, em Fortaleza, Estado do Ceará, filho de Gessiner Farias e Luiza Gurjão Farias.
Desaparecido na Guerrilha do Araguaia. Era estudante de Química na Universidade Federal do Ceará, e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, em 1967.
Desaparecido na Guerrilha do Araguaia. Era estudante de Química na Universidade Federal do Ceará, e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, em 1967.
Foi preso no Congresso da UNE, em lbiúna, em 1968 e foi expulso da Faculdade com base no Decreto-lei 477. Indiciado no inquérito por participação no XXX Congresso da UNE, foi condenado em 1° de julho de 1969 pelo CPJ do Exército a 2 anos de reclusão.
Em 1968, no Ceará, foi gravemente ferido na cabeça pelo chute de um soldado quando participava de manifestações estudantis. Refeito dos ferimentos e sob feroz perseguição, foi para o interior, indo residir na região de Caianos, onde continuou suas atividades políticas.
Ferido em combate, em 8 de maio de 1972. Seu corpo foi levado para Xambioá, todo deformado, tendo sido dependurado em uma árvore, com a cabeça para baixo, a qual era chutada constantemente pelos paraquedistas mobilizados na caça aos guerrilheiros.
Segundo depoimento de Dower Cavalcanti, ex-guerrilheiro já falecido, o General Bandeira de Melo lhe dissera que Bergson estaria enterrado no Cemitério de Xambioá.
O Relatório do Ministério da Marinha diz que em “junho de 1972, foi morto...”Seu desaparecimento foi denunciado em juízo, em 1972 e 1973 pelos presos políticos José Genoino Neto e Dower Moraes Cavalcante. Genoíno afirma que o corpo de Bergson lhe foi mostrado durante um de seus interrogatórios e que sabia que ele estava com malária, tendo sido morto a baioneta. Dower diz que foi preso e torturado junto com Bergson e que ele foi morto a baioneta. (extraído do site do Movimento Tortura Nunca Mais)
A NOTÍCIA:
Confira clicando no título:
07/07/2009 - 18h00
Novo teste de DNA confirma que ossada encontrada no Araguaia era de guerrilheiro
07/07/2009 - 18h00
Novo teste de DNA confirma que ossada encontrada no Araguaia era de guerrilheiro
07/07/2009 - 18h00
Do UOL Notícias*Em São Paulo
A Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo informou nesta terça-feira (7) que um novo exame de DNA confirmou que os restos mortais encontrados no Araguaia em 1996 pertenciam ao guerrilheiro Bergson Gurjão Farias, desaparecido na região em 1972. Exumada em Xambioá, no norte do Tocantins, a ossada havia sido catalogada como X-2.
Araguaia: cronologia mostra ações em torno da guerrilha
Há quase 35 anos, os familiares dos mortos e desaparecidos na Guerrilha do Araguaia lutam para ter acesso às informações sobre as ações dos militares durante a ditadura e para descobrir onde estão enterrados os restos mortais dos guerrilheirosDesde 1991, doze conjuntos de ossadas foram localizadas.
Do UOL Notícias*Em São Paulo
A Secretaria Especial de Direitos Humanos do governo informou nesta terça-feira (7) que um novo exame de DNA confirmou que os restos mortais encontrados no Araguaia em 1996 pertenciam ao guerrilheiro Bergson Gurjão Farias, desaparecido na região em 1972. Exumada em Xambioá, no norte do Tocantins, a ossada havia sido catalogada como X-2.
Araguaia: cronologia mostra ações em torno da guerrilha
Há quase 35 anos, os familiares dos mortos e desaparecidos na Guerrilha do Araguaia lutam para ter acesso às informações sobre as ações dos militares durante a ditadura e para descobrir onde estão enterrados os restos mortais dos guerrilheirosDesde 1991, doze conjuntos de ossadas foram localizadas.
Bergson é a segunda pessoa identificada, a primeira foi a professora primária Maria Lúcia Petit da Silva, desaparecida em 16 de junho de 1972 e sepultada em 1996. Ambos eram ativistas do PCdoB, então na ilegalidade.O resultado do exame foi entregue à secretaria e à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos na noite de ontem (6). A família do guerrilheiro já foi comunicada da descoberta e foram iniciados os preparativos para o funeral.Segundo nota da secretaria, o novo teste de DNA foi encomendado após discursos do deputado Pompeo de Mattos em reuniões da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e no plenário da Câmara. Mattos cobrou do governo providências sobre as ossadas encontradas na região do Araguaia desde 1991, em especial à Xambioá-2.O laboratório que submeteu os restos mortais de Bergson a nova análise utilizou uma técnica moderna que não havia sido empregada nos testes anteriores.
Até então, os resultados tinham sido negativos ou não-conclusivos. A identificação do corpo de Bergson Gurjão Farias ocorreu um dia antes do início das atividades do grupo de trabalho do Ministério da Defesa constituído para localizar, recolher e identificar corpos dos guerrilheiros mortos no Araguaia.
2 comentários:
Uma das coisas que eu mais gosto neste blogé que ele traz assuntos que a gente não vê em outros blogs e bem escritos, e até onde se percebe bem imparcial. e quando querem também deixam bem claro sua indignação ou o seu contentamento.
Parabéns para vocês que fazem este Blog.
Gostei de saber dessa história. São essas pessoas fazem a nossa história e que pouos de nós onhce.
Essas pessoas que fazem parteda nossa história merecem mais destaque. Parabéns por mostrar o que a história ofiialnão diz.
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