RÉQUIEM PARA O MAESTRO MARQUINHOS
Silêncio Quixadá! Chora Quixadá! Quixadá dos músicos, dos artistas, dos poetas, da sofrida e gloriosa banda de música. Chora porque o maestro Marquinhos, um dos regentes da banda se perdeu na curva da estrada da vida.
Segundo o filósofo Aristóteles. "A música é celeste, de natureza divina, de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima de sua condição"
Alguém já disse que quando morre um artista o mundo fica mais triste e mais sombrio.
Conhecemos o maestro Marcos José de Sousa Rodrigues quando ele era estudante da FECLESC. Licenciado em história, optou pela carreira de músico, sua verdadeira vocação.
Alguém já disse que quando morre um artista o mundo fica mais triste e mais sombrio.
Conhecemos o maestro Marcos José de Sousa Rodrigues quando ele era estudante da FECLESC. Licenciado em história, optou pela carreira de músico, sua verdadeira vocação.
Reencontramo-nos na banda de música quando de nossa passagem meteórica pela secretaria de Cultura nos anos de 1989 e 1990. Na época a banda era regida pelo maestro Zé Pretinho, já falecido. Tempos difíceis. Muita indigência. Pouco pudemos fazer como secretário. A secretaria de cultura tinha inúmeras atribuições. Administrava o estádio, o ginásio coberto, o CSU, a Febemce, o Museu, a Biblioteca Pública e até a rodoviária. Tinha cerca de duzentos funcionários e quase nenhum recurso para investimento. Atendendo uma reivindicação do maestro criamos uma bolsa para os integrantes da escolinha. Adquirimos novos uniformes e mandamos reparar os instrumentos. Na nossa ausência para cursar uma pós graduação em Fortaleza a Secretaria de Cultura, mercê de injunções obscurantistas, foi desativada . Mas, continuamos acompanhando a sua agonia e torcendo pela sua recuperação.
A banda foi e continua sendo, um celeiro de grandes músicos que se projetaram em outras bandas como a Black Banda, a Bandazzul, só para citar algumas. Nas suas crises, mais que a disposição do secretário, valeram a dedicação e o compromisso de seus maestros, de seus músicos e foi por intermédio deles que ela sobreviveu de maneira digna até hoje. Porque a banda de música não é mais um equipamento da prefeitura municipal. É um patrimônio cultural do povo de Quixadá. E, por essa razão, é indestrutível.
E foi nela, durante suas crises, que se afirmaram as lideranças do Maestro Zé Pretinho, do Maestro Didi e do nosso inesquecível Maestro Marquinhos. Para nós era sempre motivo de alegria presenciar e degustar com prazer suas execuções. E o maestro Marquinhos já conhecia as nossas preferências musicais. E, ao invés de dobrados regia para nós New York, New York ou o clássico Asa Branca.
Nos grandes eventos sociais e políticos era a banda que dava o tom solene e festivo. E lá estava o Marquinhos agitando os braços, regendo a banda.
A sua partida prematura nos entristece, nos deixa saudades, contudo nos deixa o privilégio e o conforto por tê-lo conhecido.
Quem privou de sua amizade conheceu sua dedicação à arte. Sem apenas praguejar contra a escuridão ou obscurantismo de gestores insensíveis e avessos à cultura, Marquinhos e seus companheiros músicos riscaram um fósforo, acenderam uma chama. E esta chama bruxuleante e tênue se mantém viva até hoje em que pese a força do vento da insensibilidade oficial.
Profissional exemplar e comprometido com a arte, o Maestro não abandonará seus discípulos nessa hora. Mesmo distante, por muito, muito tempo ainda, a cada apresentação da banda, o maestro Marquinhos estará a sua frente, no seu comando firme. Ao tocar seus dobrados ou os clássicos da música universal os músicos serão regidos pela batuta e pelas mãos mágicas de um maestro que já não pode ser visto, mas estará presente. Não importa onde ele esteja, o Marquinhos virá imortalizado nas mentes e nos corações de seus amigos músicos da Banda de Música de Quixadá.
Vai Maestro Marquinhos! Vai reger outras bandas em outras galáxias onde reinem a bonança e a paz! Vai levar tua música e a tua alegria até o infinito, nosso destino final. E, c
lá no infinito onde até as paralelas se encontram, com absoluta certeza nos encontraremos um dia com o maestro Zé Pretinho e com tantos outros músicos e artistas deste tão querido Quixadá.
Profissional exemplar e comprometido com a arte, o Maestro não abandonará seus discípulos nessa hora. Mesmo distante, por muito, muito tempo ainda, a cada apresentação da banda, o maestro Marquinhos estará a sua frente, no seu comando firme. Ao tocar seus dobrados ou os clássicos da música universal os músicos serão regidos pela batuta e pelas mãos mágicas de um maestro que já não pode ser visto, mas estará presente. Não importa onde ele esteja, o Marquinhos virá imortalizado nas mentes e nos corações de seus amigos músicos da Banda de Música de Quixadá.
Vai Maestro Marquinhos! Vai reger outras bandas em outras galáxias onde reinem a bonança e a paz! Vai levar tua música e a tua alegria até o infinito, nosso destino final. E, c
lá no infinito onde até as paralelas se encontram, com absoluta certeza nos encontraremos um dia com o maestro Zé Pretinho e com tantos outros músicos e artistas deste tão querido Quixadá.
Um abraço fraterno, querido amigo. Até qualquer dia maestro!!!
Agora desligue esse som horrível e de mau gosto do blog e escute a imortal Elizete Cardoso.Esta música do imortal Villa Lobos é dedicada ao Marquinhos e seus familiares aos quais enviamos nosso abraço solidário.
Agora desligue esse som horrível e de mau gosto do blog e escute a imortal Elizete Cardoso.Esta música do imortal Villa Lobos é dedicada ao Marquinhos e seus familiares aos quais enviamos nosso abraço solidário.
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