S.O.S. Uece
Antonio de Albuquerque
Não é possível assistirmos inertes a esse processo, que diz respeito a toda a sociedade cearense. Chega de promessas vazias e discursos divorciados da ação!
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) está vivendo uma crise extremamente grave. Os recursos financeiros para os gastos de manutenção (despesas de luz, telefone, água, material de expediente etc.) estão reduzidos a menos da metade de suas reais necessidades. Falta pessoal docente e administrativo, principalmente técnicos de laboratório, impossibilitando o funcionamento básico da instituição. A situação chegou a um ponto tal, que professores e pesquisadores estão pagando os serviços necessários com o dinheiro do próprio bolso!
Não é possível assistirmos inertes a esse processo, que diz respeito a toda a sociedade cearense. Chega de promessas vazias e discursos divorciados da ação!
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) está vivendo uma crise extremamente grave. Os recursos financeiros para os gastos de manutenção (despesas de luz, telefone, água, material de expediente etc.) estão reduzidos a menos da metade de suas reais necessidades. Falta pessoal docente e administrativo, principalmente técnicos de laboratório, impossibilitando o funcionamento básico da instituição. A situação chegou a um ponto tal, que professores e pesquisadores estão pagando os serviços necessários com o dinheiro do próprio bolso!
Recentemente um professor da área de medicina teve de pagar por conta própria combustível, diárias e alimentação de motorista e auxiliar, a fim de que fosse possível coletar material no interior do estado, necessárias a sua pesquisa. Outro pesquisador, de renome nacional, está sendo obrigado a pagar, com recursos próprios, os servidores da estação ecológica de Pacoti, para evitar que a mesma seja fechada. Prédios de vários campi do interior estão sem vigilantes e sem pessoal de limpeza, com o patrimônio público sendo degradado a cada dia que passa. Construções estão paralisadas, apesar de já terem sido licitadas e iniciadas, tais como o hospital veterinário em Fortaleza, a ampliação da biblioteca central, a construção do novo restaurante universitário, o novo complexo poli-esportivo, além de várias salas de aula, ampliações etc., no interior do estado.
O nível salarial de professores e funcionários da Uece está defasado, gerando um clima de inquietação. Isto apesar de, nos últimos anos, a Uece ter realizado um esforço de qualificação de seu corpo docente, contando hoje com 262 doutores, 23 pós-doutores, 509 mestres e 150 especialistas. O número de seus cursos e de alunos foi ampliado, atendendo assim à função social da universidade: hoje são 61 cursos de graduação (32 na capital), 3 cursos seqüenciais (Itapipoca, Tauá e Russas), cursos de pós-graduação, especialização, mestrado - profissional e acadêmico - e doutorado, envolvendo cerca de 17.964 alunos de graduação e 3029 de pós-graduação. São cursos de qualidade comprovada em diversas avaliações nacionais - como veterinária, administração de empresas, nutrição, enfermagem, medicina, serviço social, geografia e licenciaturas, dentre outros. Todo o investimento financeiro, material e humano já realizado até agora está em risco.
Nunca é demais lembrar que o trabalho de pesquisa e formação necessita de um mínimo de continuidade sob pena de perda, muitas vezes irreversível.Não é possível assistirmos inertes a esse processo, que diz respeito a toda a sociedade cearense. Chega de promessas vazias e discursos divorciados da ação! Necessitamos de ações urgentes e imediatas, para recuperar o sentido do patrimônio coletivo que a universidade representa, inestimável para qualquer projeto de futuro responsável.
Antônio de Albuquerque Sousa Filho é professor aposentado UFC e membro do Conselho administrativo da Fundação Uece
REPRODUZA E DIVULGUE COM O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS!!!
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