Morre D. Aluisio Lorscheider
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O cardeal d. Aloísio Lorscheider, arcebispo emérito de Aparecida (SP) nasceu em 8 de outubro de 1924, em Picada Geraldo, Estrela, no Rio Grande do Sul. Ingressou em 1934, no Seminário dos padres franciscanos, em Taquari, onde fez os cursos Ginasial e Colegial.
Em 1942, fez o noviciado e o primeiro ano de Filosofia no Convento São Boaventura, em Daltro Filho e Garibaldi (RS). Em 1944, foi transferido para o Convento Santo Antônio, em Divinópolis, Minas Gerais, onde terminou o curso de Filosofia e fez o curso de Teologia. Passou a adotar o nome religioso de Frei Aloísio, nome que conservou até o final de sua vida.
Na cidade mineira, concluiu os estudos de filosofia e teologia e obteve a ordenação presbiterial em agosto de 1948, tornando-se padre. Entre o ano seguinte e 1952, fez sua licenciatura e seu doutorado em Teologia Dogmática no Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, na Itália.
De volta ao Brasil, foi professor de Teologia Dogmática, Espiritualidade e Pastoral em Divinópolis até 1958. No mesmo ano, voltou ao Pontifício Ateneu Antoniano como professor de Teologia Dogmática e diretor dos estudantes, tarefas que exerceu até 1962.
Lorscheider foi nomeado bispo de Santo Ângelo (RS) em junho de 1962, onde permaneceu até 1973, quando foi nomeado arcebispo de Fortaleza (CE). Entre junho de 1968 e fevereiro de 1971, foi secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). De 1971 a 1978, atuou como presidente da entidade.
Durante o regime militar (1968-1985), foi um dos bispos de maior destaque na defesa dos direitos humanos, sendo um dos autores do documento redigido pela CNBB, em 1968, pedindo a volta do "funcionamento do Executivo, Legislativo e Judiciário, com a elaboração de uma Constituição eficaz".
Em Fortaleza, d. Aloísio atuou em favor da reforma agrária e pelo fim dos conflitos de terra no Estado do Ceará. Por isso, recebeu diversas ameaças de morte, teve dois cachorros envenenados e sofreu uma tentativa de intimidação com uma bomba caseira no jardim de sua casa. Três homens armados chegaram a tentar invadir a residência, mas foram descobertos.
D. Aloísio foi nomeado cardeal em abril de 1976, pelo papa Paulo VI. Entre 1976 e 1979, foi 1º vice-presidente e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Em 1979, foi ainda um dos presidentes da III Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, em Puebla, no México.
Suas posições enérgicas em favor aos direitos humanos lhe renderam uma carta-advertência enviada pelo papa João Paulo II em 1988.
Em março de 1994, Lorscheider foi feito refém durante uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, em Fortaleza, onde verificava as condições das instalações. Ele foi solto após quase 20 horas em poder dos detentos, que articulavam um plano de fuga.
No ano seguinte, d. Aloísio foi nomeado bispo de Aparecida, onde ficou até a sua renúncia, em 2004. Nos últimos três anos, viveu no convento franciscano do bairro de Ipanema, em Porto Alegre.
Em 1942, fez o noviciado e o primeiro ano de Filosofia no Convento São Boaventura, em Daltro Filho e Garibaldi (RS). Em 1944, foi transferido para o Convento Santo Antônio, em Divinópolis, Minas Gerais, onde terminou o curso de Filosofia e fez o curso de Teologia. Passou a adotar o nome religioso de Frei Aloísio, nome que conservou até o final de sua vida.
Na cidade mineira, concluiu os estudos de filosofia e teologia e obteve a ordenação presbiterial em agosto de 1948, tornando-se padre. Entre o ano seguinte e 1952, fez sua licenciatura e seu doutorado em Teologia Dogmática no Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma, na Itália.
De volta ao Brasil, foi professor de Teologia Dogmática, Espiritualidade e Pastoral em Divinópolis até 1958. No mesmo ano, voltou ao Pontifício Ateneu Antoniano como professor de Teologia Dogmática e diretor dos estudantes, tarefas que exerceu até 1962.
Lorscheider foi nomeado bispo de Santo Ângelo (RS) em junho de 1962, onde permaneceu até 1973, quando foi nomeado arcebispo de Fortaleza (CE). Entre junho de 1968 e fevereiro de 1971, foi secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). De 1971 a 1978, atuou como presidente da entidade.
Durante o regime militar (1968-1985), foi um dos bispos de maior destaque na defesa dos direitos humanos, sendo um dos autores do documento redigido pela CNBB, em 1968, pedindo a volta do "funcionamento do Executivo, Legislativo e Judiciário, com a elaboração de uma Constituição eficaz".
Em Fortaleza, d. Aloísio atuou em favor da reforma agrária e pelo fim dos conflitos de terra no Estado do Ceará. Por isso, recebeu diversas ameaças de morte, teve dois cachorros envenenados e sofreu uma tentativa de intimidação com uma bomba caseira no jardim de sua casa. Três homens armados chegaram a tentar invadir a residência, mas foram descobertos.
D. Aloísio foi nomeado cardeal em abril de 1976, pelo papa Paulo VI. Entre 1976 e 1979, foi 1º vice-presidente e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam). Em 1979, foi ainda um dos presidentes da III Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, em Puebla, no México.
Suas posições enérgicas em favor aos direitos humanos lhe renderam uma carta-advertência enviada pelo papa João Paulo II em 1988.
Em março de 1994, Lorscheider foi feito refém durante uma rebelião no Instituto Penal Paulo Sarasate, em Fortaleza, onde verificava as condições das instalações. Ele foi solto após quase 20 horas em poder dos detentos, que articulavam um plano de fuga.
No ano seguinte, d. Aloísio foi nomeado bispo de Aparecida, onde ficou até a sua renúncia, em 2004. Nos últimos três anos, viveu no convento franciscano do bairro de Ipanema, em Porto Alegre.
Eis o nosso comentário no site de Terra
Uma perda irreparável para o Brasil
Data: 23 Dec 2007 18:02:05 -0200
De: "Gilberto Telmo Sidney Marques"
Ao lado de D. Helder Câmara e de D. Evaristo Arns, D. Aluisio Lorscheider foi uma das vozes que nunca silenciaram na noite mais escura que se abateu sobre o nosso país durante 21 anos. Ao longo de toda a sua vida exemplar D. Lorescheider fez a opção preferencial pelos pobres, pelos oprimidos e humilhados e pelos perseguidos políticos. Não é só a Igreja que deve estar chorando a sua perda. Não só os cristãos devem chorar. A perda irreparável é de todo o povo brasileiro envergonhado e humilhado pelas trevas da corrupção e da pouca vergonha. O Brasil está definitivamente órfão, mais pobre, mais triste e mais sombrio - Gilberto Telmo prof. adjunto da UECE
Ao lado de D. Helder Câmara e de D. Evaristo Arns, D. Aluisio Lorscheider foi uma das vozes que nunca silenciaram na noite mais escura que se abateu sobre o nosso país durante 21 anos. Ao longo de toda a sua vida exemplar D. Lorescheider fez a opção preferencial pelos pobres, pelos oprimidos e humilhados e pelos perseguidos políticos. Não é só a Igreja que deve estar chorando a sua perda. Não só os cristãos devem chorar. A perda irreparável é de todo o povo brasileiro envergonhado e humilhado pelas trevas da corrupção e da pouca vergonha. O Brasil está definitivamente órfão, mais pobre, mais triste e mais sombrio - Gilberto Telmo prof. adjunto da UECE
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