OAB ressalta atuação de d. Aloísio pelos direitos humanos
De Gerusa Marques
Em Brasília
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2007/12/23/ult4469u16054.jhtm
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, divulgou hoje nota à imprensa lamentado a morte do arcebispo emérito de Aparecida, cardeal dom Aloísio Lorscheider. A entidade ressalta a atuação de d. Aloísio durante a ditadura militar em defesa dos direitos humanos.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, divulgou hoje nota à imprensa lamentado a morte do arcebispo emérito de Aparecida, cardeal dom Aloísio Lorscheider. A entidade ressalta a atuação de d. Aloísio durante a ditadura militar em defesa dos direitos humanos.
A OAB diz que durante os anos em que presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - de 1971 a 1979 - o arcebispo "teve papel decisivo" no movimento pela redemocratização do Brasil.
Dom Aloísio, 83 anos, faleceu às 5h20 desta manhã de hoje, no Hospital São Francisco, em Porto Alegre (RS).
Leia na íntegra a nota da OAB:
A morte de dom Aloísio Lorscheider evoca tempos heróicos, de resistência à ditadura militar e de obstinada militância em defesa dos direitos humanos. O período em que presidiu a CNBB - de 1971 a 1979 - corresponde ao mais duro e dramático da luta pela redemocratização do Brasil, em que teve papel decisivo, mostrando determinação e grande coragem pessoal.
Ao lado de Raymundo Faoro, que então presidia a OAB Nacional, dom Aloísio Lorscheider expressou os anseios da sociedade civil brasileira, no processo que então ficou conhecido como distensão política - e foi o primeiro passo concreto no rumo da redemocratização do país. Isso todos nós lhe ficamos devendo.
O temário de sua ação político-pastoral, que jamais cessou, permanece atualíssimo: defesa dos direitos humanos, reforma agrária e distribuição mais justa da renda nacional. A homenagem maior que a cidadania brasileira pode prestar à memória de dom Aloísio é a de manter acesa a chama dessas causas a que, com tanta coragem e dedicação, devotou seu admirável apostolado.
Dom Aloísio, 83 anos, faleceu às 5h20 desta manhã de hoje, no Hospital São Francisco, em Porto Alegre (RS).
Leia na íntegra a nota da OAB:
A morte de dom Aloísio Lorscheider evoca tempos heróicos, de resistência à ditadura militar e de obstinada militância em defesa dos direitos humanos. O período em que presidiu a CNBB - de 1971 a 1979 - corresponde ao mais duro e dramático da luta pela redemocratização do Brasil, em que teve papel decisivo, mostrando determinação e grande coragem pessoal.
Ao lado de Raymundo Faoro, que então presidia a OAB Nacional, dom Aloísio Lorscheider expressou os anseios da sociedade civil brasileira, no processo que então ficou conhecido como distensão política - e foi o primeiro passo concreto no rumo da redemocratização do país. Isso todos nós lhe ficamos devendo.
O temário de sua ação político-pastoral, que jamais cessou, permanece atualíssimo: defesa dos direitos humanos, reforma agrária e distribuição mais justa da renda nacional. A homenagem maior que a cidadania brasileira pode prestar à memória de dom Aloísio é a de manter acesa a chama dessas causas a que, com tanta coragem e dedicação, devotou seu admirável apostolado.
Nosso comentário na Folha on Line
Gilberto Telmo Sidney Marques (2) 23/12/2007 17h26
FORTALEZA / CE
Ao lado de D. Helder Câmara e D. Paulo Evaristo Arns, D. Aluisio Lorscheider foi daqueles que combateu o regime de terror da ditadura militar em todas as horas. Jamais se deixou intimidar por ameaças. Sereno, lúcido e corajoso fez parte uma Igreja libertadora que hoje fica imensamente mais pobre e mais triste. Não é só a Igreja nem os cristãos que perderam com sua morte. Perde o Brasil a quem ele amou com atitudes desassombradas em defesa dos pobres e dos oprimidos pela fome, pela exploração capitalista desumana e pela ditadura sanguinária.
FORTALEZA / CE
Ao lado de D. Helder Câmara e D. Paulo Evaristo Arns, D. Aluisio Lorscheider foi daqueles que combateu o regime de terror da ditadura militar em todas as horas. Jamais se deixou intimidar por ameaças. Sereno, lúcido e corajoso fez parte uma Igreja libertadora que hoje fica imensamente mais pobre e mais triste. Não é só a Igreja nem os cristãos que perderam com sua morte. Perde o Brasil a quem ele amou com atitudes desassombradas em defesa dos pobres e dos oprimidos pela fome, pela exploração capitalista desumana e pela ditadura sanguinária.
Gilberto Telmo - Professor adjunto da UECE
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