A NAU DOS INSENSATOS
Na ordem do dia está a Transposição das águas do Rio São Francisco. O debate prossegue. De um lado estão os defensores do projeto. De outro, alguns "formadores de opinião", que por motivos não muito nobres e transparentes, adotam posturas emocionais para torpedear a iniciativa. Cabem, todos esses contestadores oportunistas de última hora, em uma pequena nau (barco), a nau dos insensatos. São leigos, ou melhor ultracrepidários. Para ler a matéria completa e saber o que é ultracrepidário, clique no link abaixo
Vejam e leiam a matéria abaixo:
Esta é uma palavra do Inglês que eu sempre invejei pela precisão do conceito que ela exprime: designa aquele que, presunçoso ou imprudente, vai além do limite do seu conhecimento, dando opinião sobre algo que não é sua especialidade.
Para entender sua etimologia, não basta identificar os dois vocábulos latinos de onde ela deriva - ultra crepidam, que significa, literalmente, além da sandália.
Essas duas palavras fazem parte da famosa máxima latina Ne sutor ultra crepidam [judicaret] ("não deve o sapateiro julgar além da sandália"), alusão a um célebre incidente que, segundo Plínio, o Velho (XXXV, 10, 36) teria ocorrido com Apeles, o famoso pintor da Grécia antiga. Conta-se que Apeles, que costumava expor suas pinturas na porta do ateliê para observar as reações dos passantes, viu um sapateiro que examinava detalhada e demoradamente o pé de uma suas figuras humanas. Ao indagar-lhe, curioso, o que tanto atraía sua atenção, foi informado de que ele tinha cometido um engano ao representar a fivela das sandálias. Apeles agradeceu a informação e apressou-se a retocar o quadro, corrigindo o erro.
No dia seguinte, no entanto, o sapateiro, depois de constatar, com satisfação, que sua opinião havia sido acatada, apresentou a Apeles novas censuras ao quadro, dessa vez quanto ao movimento da mão da personagem retratada - momento em que Apeles, então, o teria escorraçado, pronunciando a frase que se tornou lendária: ("não deve o sapateiro julgar além da sandália").
Esse provérbio, destinado a lembrar que todos deveríamos ter consciência de nossos próprios limites, aparece no adagiário de diversas línguas. No Brasil, sob a forma de "não vá o sapateiro além da chinela", é bem conhecido de todos nós, o que não impede que pululem aqui os ultracrepidários, que fazem questão de opinar (quando não de dissertar!) sobre todo e qualquer assunto.
Comentário do Torto: não seria melhor que D. Cappio e os outros "intelectuais" ingressassem em uma frente contra a corrupção de todos os matizes, contra a fome, contra a violência, contra a ignorância (a raiz de todos os males), contra a alienação das novelas e contra a inutilidade do Big Brother?
Quanta coisa produtiva essa gente poderia estar fazendo usando seus espaços de atuação!!!
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Cada vez que você acessa O Torto tem a oportunidade de aprender mais. É só clicar nos links (aquelas frases ou palavras que se mexem). Nesta postagem, por exemplo, você pode aprender o que ultracrepidário, quem foi Plínio, o velho, quem foi Apeles e um pouquinho de latim, língua morta para os incultos, bastante viva em documentos forenses (fumus boni iuris, mutatis mutandis, periculum in mora, data venia, etc). A propósito você sabe o que significa e de onde veio a palavra ou expressão etc? Quer saber? Clique sobre ela. A nós não compete dar o peixe e nem ensinar a pescar. Apenas indicamos onde está o cardume. Aí cada um aprende a pescar sem assimilar os vícios de quem está ensinando. É pouco?
Aproveite para se tornar mais culto. No mundo competitivo de hoje a cultura é o grande diferencial
O Torto também é cultura, informação e defesa da cidadania!!!
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