QUIXADÁ PERDE UM CIDADÃO NA EXTENSÃO DO TERMO: MIGUEL PEIXOTO.

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AMIGOS QUIXADAENSES
O trabalho e outras preocupações acabam por nos distanciar dos amigos de Quixadá e, por conta disso, as notícias demoram a chegar até nós.
Nos últimos dias só temos recebido notícias fatídicas. Pessoas com as quais convivemos estão partindo para uma viagem sem volta. Na curva da estrada da vida se perderam o Dr. Antonio Magalhães, o Maestro Marquinhos e agora, de maneira trágica, Miguel Benedito Peixoto. 
Conhecemos Miguel Peixoto nas lides acadêmicas. Na luta pela eleição do diretor da FECLESC quando ainda nem pertencíamos à Instituição. Na direção do CALO  ele lutou pela revogação da cassação dos cursos decretada pelo antigo Conselho Federal de Educação. Lembro que estivemos juntos na Radio O POVO debatendo o tema. Durante algum tempo liderou o movimento estudantil da FECLESC e lutou decididamente pelo reconhecimento dos cursos. Acompanhamos a sua militância no Partido dos Trabalhadores quando o mesmo cabia dentro de uma Kombi. A política nos afastou, mas a cordialidade e o respeito mútuos sempre pontuaram nossa relação. Estivemos juntos no lançamento do seu livro PARNASO AGRESTE e guardamos até hoje entre os documentos mais caros um exemplar autografado por ele. Após nossa saída de Quixadá fomos presenteado por Miguel com cópias de CDS de seus eventos culturais que guardamos com o mesmo cuidado. 
Há algum tempo soubemos de sua presença no CDL como um líder. 
E, passados tantos anos, fomos surpreendidos no final de semana, com a ocorrência de seu desaparecimento de maneira cruel e bárbara.
Difícil para nós encarar essa realidade... 
A violência não poupa nem os grandes valores nesta sociedade decadente e desumanizada. 
Deixa o Miguel Peixoto grandes lacunas no seu Banco do Brasil, onde trabalhou tantos anos, no meio empresarial e, principalmente, no ambiente cultural da Terra dos Monólitos.
Difícil para nós conviver com essa perda lastimável... 
Difícil ou quase impossível também tentar confortar a sua família, de modo particular o Miguel Max por quem temos grande apreço e que, vez por outra, se comunicava conosco pelo orkut.
Essa tarefa sobrehumana é da competência do Criador a quem elevamos nossas preces.
Um cidadão na plenitude do termo, em vida, Miguel Peixoto foi um batalhador emérito das grandes causas!.
Obrigado por tudo o que você fez pela nossa FECLESC e pela cultura popular de Quixadá.
Descansa em paz batalhador!!!



EM HOMENAGEM AO MAESTRO MARQUINHOS

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QUERIDOS IRMÃOS E QUERIDAS IRMÃS QUIXADAENSES
A notícia da morte prematura do maestro Marquinhos em circunstâncias trágicas ainda nos emociona. Nesta postagem algumas músicas para o Maestro Marquinhos escutar onde quer que esteja.
Mas isto só será possível se esta rádio de mau gosto for desligada. Por favor Reginaldo, tire essa rádio do blog.





Quero aqui, na primeira pessoa, fazer um apelo aos que acessam este blog: "Convençam o Reginaldo a retirar essa rádio brega. Já pedi e não fui atendido. Tenho escrito pouco por falta de tempo, mas não vale a pena investir intelectualmente, elaborar artigos com muito carinho para submetê-los a um fundo musical de péssimo gosto. As pessoas de meu convívio estão deixando de acessar o blog por conta deste tal fundo musical. Devem existir outras opções de música decente e de melhor nível ou nada... Por favor, me ajudem.
Perguntar não ofende: por que pagar tributos a breguice? Não seria obrigação de quem faz comunicação social elevar o nível cultural de seus leitores?
Os meus laços sólidos de amizade com o Reginaldo não serão rompidos, mas só voltarei quando o problema for equacionado. Sem rádio brega. Fundo musical podemos obter no you tube.

QUIXADÁ DE LUTO PRANTEIA A MORTE DO MAESTRO MARQUINHOS

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QUERIDOS AMIGOS QUIXADAENSES
RÉQUIEM PARA O MAESTRO MARQUINHOS
Silêncio Quixadá! Chora Quixadá! Quixadá dos músicos, dos artistas, dos poetas,  da sofrida e gloriosa banda de música. Chora porque o maestro Marquinhos, um dos regentes da banda   se perdeu na curva da estrada da vida.

Segundo o filósofo Aristóteles. "A música é celeste, de natureza divina, de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima de sua condição"
Alguém já disse que quando morre um artista o mundo fica mais triste e mais sombrio.
Conhecemos o maestro Marcos José de Sousa Rodrigues quando ele era estudante da FECLESC. Licenciado em história, optou pela carreira de músico, sua verdadeira vocação.

Reencontramo-nos na banda de música quando de nossa passagem meteórica pela secretaria de Cultura nos anos de 1989 e 1990. Na época a banda era regida pelo maestro Zé Pretinho, já falecido. Tempos difíceis. Muita indigência. Pouco pudemos fazer como secretário. A secretaria de cultura tinha inúmeras atribuições. Administrava o estádio, o ginásio coberto, o CSU, a Febemce, o Museu, a Biblioteca Pública e até a rodoviária. Tinha cerca de duzentos funcionários e quase nenhum recurso para investimento. Atendendo uma reivindicação do maestro criamos uma bolsa para os integrantes da escolinha. Adquirimos novos uniformes e mandamos reparar os instrumentos. Na nossa ausência para cursar uma pós graduação em Fortaleza a Secretaria de Cultura, mercê de injunções obscurantistas, foi desativada . Mas, continuamos acompanhando a sua agonia e torcendo pela sua recuperação.

A banda foi e continua sendo, um celeiro de grandes músicos que se projetaram em outras bandas como a Black Banda, a Bandazzul, só para citar algumas. Nas suas crises, mais que a disposição do secretário, valeram a dedicação e o compromisso de seus maestros, de seus músicos e foi por intermédio deles que ela sobreviveu de maneira digna até hoje. Porque a banda de música não é mais um equipamento da prefeitura municipal. É um patrimônio cultural do povo de Quixadá. E, por essa razão, é indestrutível.

me_mu_19.gif (8814 bytes)E foi nela, durante suas crises, que se afirmaram as lideranças do Maestro Zé Pretinho, do Maestro Didi e do nosso inesquecível Maestro Marquinhos. Para nós era sempre motivo de alegria presenciar e degustar com prazer suas execuções. E o maestro Marquinhos já conhecia as nossas preferências musicais. E, ao invés de dobrados regia para nós New York, New York ou o clássico Asa Branca.

Nos grandes eventos sociais e políticos era a banda que dava o tom solene e festivo. E lá estava o Marquinhos agitando os braços, regendo a banda.

A sua partida prematura nos entristece, nos deixa saudades, contudo nos deixa o privilégio e o conforto por tê-lo conhecido.

Quem privou de sua amizade conheceu sua dedicação à arte. Sem apenas praguejar contra a escuridão ou obscurantismo de gestores insensíveis e avessos à cultura, Marquinhos e seus companheiros músicos  riscaram um fósforo, acenderam uma chama. E esta chama bruxuleante e tênue se mantém viva até  hoje em que pese a força do vento da insensibilidade oficial.  
Profissional exemplar e comprometido com a arte, o Maestro não abandonará seus discípulos nessa hora. Mesmo distante, por muito, muito tempo ainda, a cada apresentação da banda, o maestro Marquinhos estará a sua frente, no seu comando firme. Ao tocar seus dobrados ou os clássicos da música universal os músicos serão regidos pela batuta e pelas mãos   mágicas de um maestro que já não pode ser visto, mas estará presente. Não importa onde ele esteja, o Marquinhos virá imortalizado nas mentes e nos corações de seus amigos músicos da Banda de Música de Quixadá.
Vai Maestro Marquinhos! Vai reger outras bandas em outras galáxias onde reinem a bonança e a paz! Vai levar tua música e a tua alegria até o infinito, nosso destino final. E, c
lá no infinito onde até as paralelas se encontram, com absoluta certeza nos encontraremos um dia com o maestro Zé Pretinho e com tantos outros músicos e artistas deste tão querido  Quixadá.  

Um abraço fraterno, querido amigo. Até qualquer dia maestro!!!
Agora desligue esse som horrível e de mau gosto do blog e escute a imortal Elizete Cardoso.Esta música do imortal Villa Lobos é dedicada ao Marquinhos e seus familiares aos quais enviamos nosso abraço solidário.